Mulher passa 1 ano com tecido dentro de corpo

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Compressa cirúrgica teria sido esquecida após retirada do útero.
Médica nega; hospital diz que profissional não é do quadro clínico.

Uma moradora do Distrito Federal passou um ano e três meses com material cirúrgico no abdômen depois de ser submetida a uma operação para retirada de útero.

O procedimento ocorreu em julho de 2010, mas só em outubro do ano passado ela teve uma compressa cirúrgica, feita de tecido com algodão e metal, retirada do corpo.

A servidora pública Rosilane do Carmo Rocha entrou com ação na Justiça por danos morais, materiais e estéticos na última segunda-feira (18).

                          TV Globo/Reprodução
Imagem mostra material esquecido no abdômen da servidora Rosilane do 
Carmo Rocha (no destaque) após cirurgia para retirada do útero em hospital 
do Distrito Federal


“Eu comecei a sentir que estava se formando alguma coisa dura dentro de mim. Eu passava a mão e sentia como se tivesse um kiwi lá dentro”, disse Rosilane.

Um ano depois da cirurgia, a servidora pública foi atendida por outra médica, que pediu uma tomografia e identificou um pedaço de compressa cirúrgica no abdômen dela, perto do intestino.

Rosilane entrou com ação na Justiça contra a médica que realizou o procedimento e contra o hospital particular onde foi feita a cirurgia. Por meio de nota, o hospital informou que a profissional não é ligada ao seu corpo clínico, e que apenas cedeu o centro cirúrgico para a realização do procedimento.

Para a advogada de Rosilane, Lucenir Rodrigues, mesmo que a profissional não seja do quadro efetivo do hospital, ambos devem responder pelo erro médico da mesma forma.

“Como o procedimento foi lá dentro [do hospital] e a médica tinha um contrato de prestação de serviço e utilização, o hospital tem que responder da mesma forma”, disse.

Por telefone, a médica responsável pela retirada do útero disse à TV Globo que contagem das compressas foi feita após o fim do procedimento e que a informação consta no laudo pós-operatório. Segundo ela, todo o material utilizado foi retirado.

A ação protocolada por Rosilane foi distribuída para a 11ª Vara Cível do Tribunal do Júri de Brasília. O processo está em fase inicial, aguardando despacho do juiz para que os acusados sejam citados e apresentem defesa.

Do G1 DF

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20/06/2012 - 19h:12
Fonte: G1.com

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