Pajoan pede à Justiça encerramento das atividades de aterro em Itaquá

A empreiteira Pajoan Ltda. solicitou à Justiça o encerramento das atividades de seu aterro em Itaquá. A confirmação foi feita ontem pelo diretor administrativo, Alexandre Teixeira, durante coletiva à imprensa realizada ontem. Os últimos trabalhos de recuperação da área degradada - onde parte de uma montanha de lixo e de terra desabaram no final de abril de 2010 - estão perto de 100% de finalização.
Para a oficialização, a empreiteira solicitou à Justiça e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) que realizassem uma vistoria no local. O objetivo é obter tanto um laudo de comprovação da situação como a desinterdição oficial do local, etapa que deverá ser feita posteriormente.
Conforme explicou Teixeira, somente dessa maneira os empresários que respondem pela Pajoan podem dar prosseguimento a um sonho antigo. Como o DS já noticiou outras vezes, a intenção do grupo é conseguir autorização para a criação de um novo aterro na cidade e voltar a atender os municípios da região, o chamado Ecoespaço. O aterro, então, seria instalado em uma área próxima a da Pajoan, que já não tem autorização para receber lixo desde o desabamento de 2010.
Teixeira acredita que o parecer técnico e judicial de confirmação do encerramento das atividades possa sair em 30 dias. No entanto, ele frisa que, com a proximidade do período de festas de final de ano, o resultado pode vir somente em janeiro de 2013.
A inspeção no Aterro Pajoan foi feita ontem à tarde e durou aproximadamente 1h30. Dela participaram a promotora de Justiça de Meio Ambiente de Itaquá, Fabiana Lima Vidal, o promotor de Direitos do Consumidor, Clodoaldo Batista Maciel, de técnicos e de uma advogada da Cetesb, além do juiz da 1ª Vara Cível, Carlos Eduardo Xavier Brito. O proprietário, José Augusto Cardoso Filho, o Zé Cardoso, e ao menos três advogados também estiveram presentes.
Contudo, nenhum deles, se pronunciaram. O diretor administrativo da Pajoan complementou que, diferentemente de alguns meses, já não é possível ver mais nenhum lixo exposto. ?Não há exposição nenhuma de lixo?. Sementes de grama foram plantadas e em breve a terra também não deve ser mais vista. Daqui para frente, serão feitos apenas monitoramentos do chorume, de movimentação do solo e da emissão de gases. Ontem a Estrada do Ribeiro, interditada devido ao desabamento de parte do aterro em 2010, também foi liberada.

REGIÃO
Fonte: Diário de Suzano ed.: 9374 - 30 de novembro de 2012

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