Servidores públicos protestam em Itaquaquecetuba
Eles reclamam do atraso no pagamento de salários e de demissões.
Grupo de 80 funcionários chamou a atenção com apitos.
Servidores municipais insatisfeitos se reuniram em um protesto em frente à Prefeitura de Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (23). Eles reclamam de atrasos nos salários, demissões em massa e outras irregularidades.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da cidade, Dalton Luiz Dename, as demissões começaram logo após as eleições, em outubro. “Cerca de 3 mil funcionários foram exonerados sem mais nem menos. Teve gente que só ficou sabendo que estava exonerado há 15 dias quando foi receber o salário”,conta.
Segundo ele,muitos funcionários são contratados de forma irregular. “Nosso regime é estatutário, mas a prefeitura registra muitos funcionários como CLT. Aí a pessoa é mandada embora mas não tem direito a receber o Fundo de Garantia”,explica Dalton.
Munidos de apitos, cerca de 80 servidores fizeram bastante barulho e bloquearam a rua da prefeitura. Cinco viaturas da Polícia Militar e três da Guarda Civil foram destacadas para acompanhar a manifestação.
O vigia Dorival de Magalhães reclama de atrasos em benefícios. “Minhas horas extras estão atrasadas há três meses e minha cesta básica também”, reclama.
O motoristaValmir da Silva Cabral também tem queixas. “Eles não dão satisfação e dividiram meu salário em duas vezes. Eu pago pensão, tenho meus compromissos, isso atrapalha bastante no orçamento”, afirma.
Outra reclamação levantada pelo presidente do sindicato foi a publicação nesta sexta-feira de um edital de convocação de novos funcionários. “Hoje a Prefeitura está convocando mais 200 médicos, mas como pode isso se não tem dinheiro para pagar os funcionários que já trabalham? Também saiu uma publicação sobre o pagamento de mais de R$ 300 mil
para a empresa de recolhimento de lixo que nem trabalha mais na cidade. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que no último ano de mandato o prefeito precisa ter dinheiro para pagar todos os funcionários”, explica Dename.
Os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicações à prefeitura em que, entre outros pontos, pedem garantia de pagamento integral dos salários, do 13º deste ano, férias, horas extras, esclarecimento sobre demissões em massa, pagamento imediato de salário e agilização no pagamento de rescisão aos funcionários demitidos.
Outro lado
Apesar do protesto e das queixas dos funcionários, o prefeito Armando Tavares Filho nega que haja atraso nos pagamentos. “Os salários são pagos até o quinto dia útil do mês sem um dia de atraso”, afirma. Já sobre o 13º salário ele diz que “pagamos metade no mês de aniversário do funcionário e metade em dezembro e assim será feito”.
Sobre o que os manifestantes chamam de demissões, ele afirma que segue acordo feito com o futuro prefeito. “Em reunião com o prefeito eleito, Dr. Mamoru, ficou determinado que entregariamos a máquina enxuta e é isso que estamos fazendo.”
O prefeito também comentou o edital de convocação de novos médicos. “Sobre a convocação do concurso público, ela foi feita seguindo uma determinação do Ministério Público para que fosse substituídos os cargos de confiança. Ou seja, não são funcionários a mais e sim uma substituição”
Por fim, o prefeito também nega que haja parcelamento de salário não comunicado aos servidores. “Não existe parcelamento, o que acontece é que os salários são pagos em uma data e as horas extras na semana seguinte”, afirma Tavares.
Segundo a assessoria do prefeito eleito, Mamoru Nakashima, o acordo com o atual prefeito Armando Tavares Filho previa apenas que a administração não fosse entregue com uma série de gastos desnecessários, como por exemplo, licitações de última hora. A assessoria esclareceu ainda que não houve a solicitação de demissões de funcionários e reforçou que tudo que ocorrer na prefeitura até 31 de dezembro é de responsabilidade do atual prefeito. (Pedro Carlos Leite)
Grupo de 80 funcionários chamou a atenção com apitos.
Funcionários protestam na rua da Prefeitura deItaquaquetuba
(Foto: Pedro Carlos Leite/G1 Mogi das Cruzes e Suzano)
Segundo ele,muitos funcionários são contratados de forma irregular. “Nosso regime é estatutário, mas a prefeitura registra muitos funcionários como CLT. Aí a pessoa é mandada embora mas não tem direito a receber o Fundo de Garantia”,explica Dalton.
Munidos de apitos, cerca de 80 servidores fizeram bastante barulho e bloquearam a rua da prefeitura. Cinco viaturas da Polícia Militar e três da Guarda Civil foram destacadas para acompanhar a manifestação.
O vigia Dorival de Magalhães reclama de atrasos em benefícios. “Minhas horas extras estão atrasadas há três meses e minha cesta básica também”, reclama.
O motoristaValmir da Silva Cabral também tem queixas. “Eles não dão satisfação e dividiram meu salário em duas vezes. Eu pago pensão, tenho meus compromissos, isso atrapalha bastante no orçamento”, afirma.
Outra reclamação levantada pelo presidente do sindicato foi a publicação nesta sexta-feira de um edital de convocação de novos funcionários. “Hoje a Prefeitura está convocando mais 200 médicos, mas como pode isso se não tem dinheiro para pagar os funcionários que já trabalham? Também saiu uma publicação sobre o pagamento de mais de R$ 300 mil
para a empresa de recolhimento de lixo que nem trabalha mais na cidade. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que no último ano de mandato o prefeito precisa ter dinheiro para pagar todos os funcionários”, explica Dename.
Os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicações à prefeitura em que, entre outros pontos, pedem garantia de pagamento integral dos salários, do 13º deste ano, férias, horas extras, esclarecimento sobre demissões em massa, pagamento imediato de salário e agilização no pagamento de rescisão aos funcionários demitidos.
Outro lado
Apesar do protesto e das queixas dos funcionários, o prefeito Armando Tavares Filho nega que haja atraso nos pagamentos. “Os salários são pagos até o quinto dia útil do mês sem um dia de atraso”, afirma. Já sobre o 13º salário ele diz que “pagamos metade no mês de aniversário do funcionário e metade em dezembro e assim será feito”.
Sobre o que os manifestantes chamam de demissões, ele afirma que segue acordo feito com o futuro prefeito. “Em reunião com o prefeito eleito, Dr. Mamoru, ficou determinado que entregariamos a máquina enxuta e é isso que estamos fazendo.”
O prefeito também comentou o edital de convocação de novos médicos. “Sobre a convocação do concurso público, ela foi feita seguindo uma determinação do Ministério Público para que fosse substituídos os cargos de confiança. Ou seja, não são funcionários a mais e sim uma substituição”
Por fim, o prefeito também nega que haja parcelamento de salário não comunicado aos servidores. “Não existe parcelamento, o que acontece é que os salários são pagos em uma data e as horas extras na semana seguinte”, afirma Tavares.
Segundo a assessoria do prefeito eleito, Mamoru Nakashima, o acordo com o atual prefeito Armando Tavares Filho previa apenas que a administração não fosse entregue com uma série de gastos desnecessários, como por exemplo, licitações de última hora. A assessoria esclareceu ainda que não houve a solicitação de demissões de funcionários e reforçou que tudo que ocorrer na prefeitura até 31 de dezembro é de responsabilidade do atual prefeito. (Pedro Carlos Leite)
Fonte: G1 - 24/11/2012
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