Paralisação da coleta de lixo em Ferraz traz transtorno

REGIÃO - A coleta de lixo em Ferraz de Vasconcelos está paralisada há dias. A população reclama que os sacos de lixo estão se acumulando nas calçadas e em lixeiras comunitárias. Os próprios moradores têm coletado o material para agrupar em um só local. A administração pública afirma que o problema se intensificou com a mudança de aterro sanitário e que este mês é atípico, aumentando em 40%.

O lixo pode ser observado nas ruas do Centro da cidade, além dos bairros, como Parque São Francisco, Dourado, Vila Correia e outros. "Faz uma semana que não passa o caminhão para recolher o lixo", afirmou a moradora Maria das Graças Lopes. Segundo o vizinho, Leandro Queirós, esta não é a primeira vez que o município passa pelo problema. "Mês passado ficou assim por 15 dias", recorda.
Conforme eles, a Prefeitura não dá explicação sobre a situação. "Há três meses, nós ficamos com um caminhão quebrado na rua por 15 dias", reclamou Rodrigo Alves. Na entrada do Parque São Francisco, os moradores estão agrupando o material numa rotatória da Avenida Rosa Teixeira Bueno. "Eu liguei para a Vigilância Sanitária explicando a situação, porque tenho comércio de alimentos, mas não adiantou nada", revela a comerciante Ângela Cristina da Silva.
Segundo ela, comenta-se que a solução só deve acontecer quando o prefeito eleito, Acir dos Santos (PSDB), o Acir Filló, assumir a administração. "Os moradores, recentemente, jogaram lixo na avenida e o ônibus teve que mudar a rota", acrescentou Jonatan Aparecido da Silva.

PROBLEMAS O secretário de Governo, Miguel Calderaro, admitiu que a cidade passa por problemas na coleta de lixo. Segundo ele, há três fatores. "Dezembro é um mês atípico. Aumenta em 40% o lixo", relatou. Porém, a mudança de aterro, passando da Pajoan (Itaquaquecetuba) para a cidade de Mairiporã, com parada para o transbordo, acabou prejudicando a logística.
"Os caminhões levam um dia para ir e voltar, passando por rodovias", completou. Conforme ele, em decorrência das viagens há sobrecarga dos caminhões. "Temos nove caminhões, mas estão operando somente com seis. A manutenção também é muito cara", diz. Segundo o secretário, a previsão é normalizar a situação ainda este mês.

Fonte: Diário de Suzano ed.: 9386 - 14 de dezembro de 2012