Deformidade craniana pode resultar em problemas físicos e psicológicos

Manter o bebê sempre na mesma posição pode fazer com que a cabeça fique "torta", causando a plagiocefalia

As mães estão sempre preocupadas com a saúde do seu bebê e constantemente atentas para que nada de mal aconteça ao seu filho. No entanto, um simples detalhe pode passar despercebido por falta de conhecimento e informação e resultar em problemas físicos e psicológicos para a criança.
O hábito de deixar o bebê sempre na mesma posição pode causar deformidades cranianas que deixam as crianças com a cabeça nitidamente torta. O problema, chamado de plagiocefalia posicional, porém, pode ser revertido com a alternância de posição nos casos mais simples.
Nas situações mais graves, é necessário o uso de órteses, similares a um capacete, que conseguem alinhar a cabeça do bebê no formato correto, caso o problema seja identificado e tratado em crianças de um a seis meses de vida. Após esse período, a plagiocefalia não tem mais solução.

De acordo com o médico Gerd Schreen, especialista em assimetrias cranianas e sócio-fundador da Clínica Cranial Care, geralmente, a plagiocefalia posicional está associada ao apoio viciado em uma parte da cabeça, e várias condições levam a isso, sendo a mais frequente o torcicolo congênito, que faz com que a criança tenha uma preferência por girar a cabeça para um dos lados. Outras causas, segundo ele, são a posição em que a criança ficou encaixada na pelve da mãe, uma gestação gemelar ou um trabalho de parto prolongado.
"Para facilitar o entendimento, imagine-se olhando a cabeça do bebê de cima para baixo. Na plagiocefalia, há a nítida impressão de que a cabeça está torta, ou seja, um dos lados fica mais achatado e outro mais proeminente. Pode haver achatamento posterior, anterior, assimetria facial e desalinhamento das orelhas", explica.

Segundo Schreen, a observação atenta do formato do crânio do bebê pode ser feita em casa e identifica as assimetrias mais importantes. O pediatra também pode identificar as assimetrias no exame físico regular e orientar os pais quanto ao reposicionamento e outras opções de tratamento.

Prevenção
Como o problema é pouco conhecido no Brasil, muitos pais acabam esperando que a deformidade se resolva com o passar do tempo ou a consideram um problema meramente estético. Por isso, o especialista informa que a melhor forma de prevenir a plagiocefalia posicional é alternar o apoio para a cabeça da criança, seja na hora de dormir, para amamentar, trocar a fralda, brincar, entre outras situações. "Esse cuidado deve ser tomado por todos que cuidam do bebê, como pais, avós, babás e outros", diz.

Juliana Miranda
Da Reportagem Local

O uso de órtese, similar a um capacete, é sugerido em situações
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Infância
Fonte: Mogi News - 16/02/2013
Foto: Divulgação


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