Polícia do Alto Tietê dá orientações de como agir em caso de assalto
Polícia do Alto Tietê dá orientações de como agir em caso de assalto
Região teve três latrocínios em cerca de 30 dias.Psicólogo ressalta a importância de manter a calma.
A dor da perda do filho ainda é forte para Jair Fais, pai de Thomás Augusto Nogueira Fais, de 21 anos - morto a tiros durante um assalto no centro de Suzano. “Não durmo direito, não como direito. A gente pensa constantemente nele e mata a saudade através de fotos”, conta.
Na noite do dia 16 de setembro, Thomás chegava a uma esfiharia quando bandidos apareceram para roubar o carro dele. A vítima não reagiu, mas jogou a chave do veículo e saiu correndo. Foi o suficiente para que um dos criminosos atirasse nas costas do jovem.
Em Poá, um outro jovem, Renan Souza Dias, também foi assassinado. Ele saía de um baile funk em um sítio na Estrada do Guaió. Segundo a polícia, a vítima, que tinha 23 anos, reagiu a um assalto, lutou com os bandidos e levou um tiro.
Em Suzano, no início de outubro, outra vítima: Arthur Felipe da Silva de 20 anos foi baleado na saída de uma escola estadual na Rua General Francisco Glicério, no Centro. Os ladrões queriam levar um par de tênis que custa mais de R$ 1.000 e a moto da vítima, mas, segundo testemunhas, o jovem se recusou a entregar e levou um tiro. Um dos suspeitos de participar do crime, de 20 anos, foi preso logo depois.
O capitão da Polícia Militar Rodrigo Dourado diz que são intensos os trabalhos para evitar os assaltos e uma cartilha foi criada para orientar e prevenir as pessoas. “A pessoa não deve reagir jamais e sim agir de forma racional e consciente. A pessoa consegue fazer isso mudando o seu estado de alerta durante o dia. Se ele está na casa dele assistindo televisão ele está num estado de atenção, se vai na padaria, tomar um ônibus é outro estado de atenção. Se vai manusear a carteira para pagar algo é outro estado de atenção. Isso é que tem que variar, porque assim ele não será tomado de surpresa.”
Orientações do psicólogo
O psicólogo Carlos Alberto Aleixo ressalta a importância da vítima manter a calma diante de assaltantes armados. “A pessoa que comete o crime está numa situação de estresse e muitas vezes está sob efeito de drogas e álcool. Qualquer movimento brusco da vítima pode provocar a reação”, explica.
Aleixo também dá uma dica que pode ser valiosa para manter a calma. “No momento da abordagem você se desiquilibra. A ideia é que você mude até o seu ritmo de respiração, se você conseguir respirar de maneira profunda a chance de você diminuir as suas reações aumenta muito. Vai te deixar num estado mais calmo e vai inibir reações mais bruscas.”
“Se você olhar diretamente para o bandido ele vai entender que isso é uma ameaça de que você está tentando gravar o rosto dele para depois fazer uma denúncia. A ideia é manter a cabeça baixa e evitar olhar para ele. É importante avisar o que vai fazer e fazer todos os movimentos da forma mais lenta possível”.
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano - 24/10/2013
Reprodução TV Diário