Após incêndio a ônibus, motoristas temem novos ataques em Mogi

Após incêndio a ônibus, motoristas temem novos ataques em Mogi

Funcionários se recusam a trabalhar em linhas de ônibus alvos de vândalos.
Polícia Militar conta com vigilância solidária para conter vândalos.

Ônibus ficou destruído depois de ataque em Mogi. (Foto: Saulo Tiossi/TV Diário)


O gerente regional de uma das concessionárias do transporte municipal em Mogi das Cruzes, Luiz Antônio Mendes, afirmou que alguns motoristas estão se recusando a trabalhar na linha de ônibus que foi alvo de assaltantes neste sábado (15). A onda de insegurança voltou a prejudicar o sistema de transporte coletivo em Mogi das Cruzes após jovens atearem fogo em um ônibus depois de um assalto no bairro Cocuera. Só neste ano, a cidade registrou cinco casos de ônibus queimados.

Segundo o gerente, este é o terceiro ônibus da empresa Princesa do Norte queimado neste ano na cidade. O primeiro caso foi no dia 28 de junho, na Vila Natal. “Tivemos um outro caso, também em Cocuera, assim como neste fim de semana”, destacou.

O gerente conta que com o registro de novos casos, a empresa já se preocupa com a segurança dos funcionários. “Tem motorista que se recusa a fazer as linhas das proximidades onde os ônibus foram queimados. Infelizmente fica a sensação de insegurança. A Polícia Militar tem que reforçar a segurança nestes bairros”, cobrou Mendes.

Ainda de acordo com o gerente, a reposição é rápida porque a empresa faz o remanejamento emergencial dos coletivos. “Entretanto, para incluí-lo de forma permanente no sistema demora até 20 dias. Temos que colocar outro veículo, pintar e adesivar, de acordo com o município e inseri-lo no sistema de transporte da Prefeitura”, detalhou.

A empresa CS Brasil, outra concessionária do transporte municipal na cidade, informou em nota que, lamentavelmente, teve dois dos ônibus que circulam em Mogi das Cruzes queimados em ataques de vandalismo que aconteceram no mês de novembro. Para suprir a ausência desses veículos e minimizar o impacto à população, a empresa alocou ônibus de sua frota reserva. A CS Brasil informou ainda que nenhum colaborador ou passageiro se feriu nesses ataques.

Em nota a Secretaria Municipal de Transportes diz que lamenta episódios assim, que colocam a vida de passageiros em risco e que prejudicam a operacionalização do sistema de transporte coletivo, gerando reflexos para os próprios usuários. A secretaria acrescentou que “a SMT fará o possível para que a reposição do coletivo aconteça o quanto antes.”

Polícia
O comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, coronel Nemar Luiz da Costa informou ao G1 que conta com a vigilância solidária da população para evitar casos como este. “Infelizmente eu não consigo colocar uma viatura da polícia atrás de cada ônibus que circula na cidade, mas quanto mais rápido estas informações chegarem, mais eficiente é a nossa ação." A polícia ainda afirmou que em um dos casos, seis pessoas foram presas porque havia viaturas nas proximidades. "Se alguém tentar comprar galão de combustível em postos, os funcionários podem denunciar à PM. Se um passageiro ver alguma atitude suspeita, também pode”, declarou. Os telefones para denúncia são o 181 ou 190.

Jamile SantanaDo G1 Mogi das Cruzes e Suzano - 17/12/2013

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