Morre mulher ferida em confusão com seguranças da CPTM

Morre mulher ferida em confusão com seguranças da CPTM

Vigilante de 38 anos, que alegava estar grávida, foi barrada de vagão preferencial; acabou caindo e sendo atingida na cabeça por um trem

SÃO PAULO - A vigilante Nivanilde de Silva Souza, de 38 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira, 28, segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, em Santa Cecília. De acordo o hospital, a família de Nivanilde não autorizou a divulgação da causa da morte que aconteceu por volta das 2h30. Ela estava internada desde a terça-feira, 25, depois de cair na plataforma ao ser abordada por seguranças na Estação Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Na quarta-feira, 26, o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, titular da Divisão de Atendimento ao Turista (Deatur), responsável também pela CPTM, disse que a mulher era gestante e que um estagiário de 17 anos queria impedir sua entrada no vagão preferencial. O acidente aconteceu quando os seguranças foram retirá-la dali.

A polícia informa que o estagiário alega que a passageira não apresentou documento comprovando que estava grávida e por isso foi barrada. De acordo com o boletim de ocorrência, o adolescente pegou a vítima pelo braço e ela o empurrou, tentando se desvencilhar.

Durante a briga Nivanilde teria tropeçado, após uma rasteira do rapaz, mas conseguiu se apoiar na grade. O estagiário nega ter agredido a mulher.

A mulher caiu novamente e bateu a cabeça logo depois da ação dos seguranças. As testemunhas, entretanto, não viram o momento da queda. Nivanilde foi levada para a Santa Casa de Misericórdia em estado grave. Uma das testemunhas também disse que passou pela estação em outros dias e já havia presenciado atitudes grosseiras do estagiário.

O caso foi registrado inicialmente na Delegacia do Metropolitano (Delpom) como abuso de autoridade e lesão corporal gravíssima. Os seguranças ficarão afastados até o fim da investigação, segundo a CPTM. Eles disseram em depoimento que a mulher caiu em meio à confusão, quando tentava se soltar.

Na próxima quinta-feira, 6, o delegado deve ouvir novamente os seguranças e o estagiário.

Fonte: Estadão - 28/02/2014

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