Morre Wilson Cury, ex-vereador e dono de comércio tradicional em Mogi
Morre Wilson Cury, ex-vereador e dono de comércio tradicional em Mogi
Loja de artigos de armarinho foi aberta pelo pai dele em 1932.Cury também ficou conhecido por fundar o baile carnavalesco Abre-Alas.
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| Wilson Cury comandava uma das lojas mais antigas de Mogi. (Foto: Reprodução/TV Diário) |
Cury comandava uma das lojas mais antigas da cidade, a Casa São João. De acordo com o historiador Glauco Ricciele, o comércio foi fundado em 1932 pelo pai de Cury e sempre funcionou no mesmo endereço e nas mãos da mesma família. “A loja começou como um armazém de secos e molhados, depois passou a vender tecidos e artigos de armarinho, como botões e zíperes. Embora tenha feito carreira no magistério, Wilson e sua esposa Helena mantiveram a loja funcionando. Ele tinha algumas relíquias no local, como uma bandeira da Revolução Constitucionalista de 32 que um soldado trocou no comércio por um pedaço de tecido. Outra era a caixa registradora que ele costumava abrir para mostrar para as crianças. Aliás a loja sempre conservou características antigas, como o atendimento de balcão”, conta Ricciele.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Airton Nogueira, esta foi uma grande perda para Mogi das Cruzes. “Wilson Cury sempre foi uma pessoa muito ativa, participando de diversas atividades na cidade. Ele foi comerciante, professor, cantor do Coral 1º de Setembro e até vereador. Apesar de tudo sempre administrou a loja que herdou do pai no coração do comércio de Mogi.”
Segundo a Câmara de Mogi, Cury foi vereador de fevereiro de 1977 até janeiro de 1983. Depois assumiu a suplência entre 1983 a 1988.
O comerciante também participou de diversos clubes da cidade, como Itapety, Náutico e o Clube de Campo. No último ele fundou um dos mais tradicionais bailes da cidade, o Abre-Alas, que acontece toda sexta-feira de carnaval. “Ele criou o baile quando era presidente do Conselho da Melhor Idade justamente para atender esse público. Mas depois o evento tomou corpo e virou uma tradição. Mesmo com a morte dele o baile será mantido neste ano, pois ele gostaria que o evento continuasse. Ele era um patrimônio da cidade”, diz o presidente do Clube de Campo, Antônio Carlos Ribeiro dos Santos.
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano - 17/02/2014
