Irmão de Campos quer Marina como candidata ao Palácio do Planalto

Irmão de Campos quer Marina como candidata ao Palácio do Planalto

Irmão de Campos quer Marina como candidata ao Palácio do Planalto
Divulgação
Único irmão do ex-governador Eduardo Campos, morto na última quarta-feira, em um acidente de avião em Santos, o advogado e escritor Antonio Campos defendeu, em carta aberta divulgada ontem que a candidata a vice, Marina Silva, assuma a candidatura à presidência da República pela coligação Unidos pelo Brasil, liderada pelo PSB. "Marina vai agregar valor à chapa presidencial e ao debate no Brasil", disse. 

Na carta, ele lembra a luta do avô Miguel Arraes e do irmão em defesa das causas populares e democráticas do Brasil. "Não vamos cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que os motivava", pregou ele, ao defender que as sementes deixadas pelo avô e pelo irmão são "de esperança e de resistência", e devem "inspirar uma reflexão sobre o Brasil, nesse momento, para mudar e melhorar esse País, que enfrenta uma grave crise, sendo a principal dela a crise de valores". "Se meu irmão chamou Marina para ser sua vice, com esta atitude ele externou sua vontade", observou Campos, convicto de estar defendendo a posição que o ex-candidato aprovaria.

Intitulada "Não vamos desistir do Brasil", frase dita por Campos na sua última entrevista antes da morte, na bancada do Jornal Nacional, na carta o advogado afirmou que "o mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr riscos para viver seus sonhos". Para ele, Marina se enquadra neste perfil.
Ao jornal O Estado, ele lembrou que "Eduardo morreu na busca de um caminho para melhorar a nação" e que Marina Silva "tem essa capacidade de empunhar uma luta que debata os caminhos do Brasil e crie novos caminhos para melhorar este País".

Ele disse não ter ainda conversado com Marina sobre o assunto, mas reforçou que, se Eduardo Campos lutava para abrir uma nova via política, fora da disputa PTxPSDB, Marina deve ser o nome a ser abraçado pela coligação.

POSIÇÃO DO PARTIDO
Em luto pela morte de Eduardo Campos e de outras seis pessoas da campanha eleitoral, a cúpula do PSB decidiu adiar para depois do sepultamento do ex-governador de Pernambuco as discussões oficiais sobre quem vai substituí-lo na disputa pela Presidência da República. Mas dirigentes do partido já começaram a discutir informalmente nomes e cenários para a corrida presidencial, avaliando principalmente a eventual indicação da ex-senadora Marina Silva para a vaga.
ENTERRO
O líder do PSB na Câmara, o deputado Beto Albuquerque, disse que todos os corpos serão liberados do Instituto Médico Legal (IML) juntos e que, em uma previsão mais otimista, isso acontecerá amanhã. Ontem ele esteve no instituto acompanhado de Fernando Bezerra Coelho, candidato ao senado por Pernambuco, Paulo Câmara, que concorre ao governo do Estado, e o deputado federal mineiro Julio Delgado, todos pessebistas.

O diretor do IML, Ivan Miziara, disse que a maior parte do trabalho de identificação dos corpos será feita comparando o material genético das famílias com as informações coletadas nos restos mortais das sete vítimas. "A grande maioria dos fragmentos já chegou. O grosso do material analisado, os restos mortais, a comparação vai ser feita por exame de DNA", disse.

Fonte: Diário de Suzano - 15/08/2014

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