Represas do Alto Tietê perdem 42,8% de volume de água em 1 ano

Represas do Alto Tietê perdem 42,8% de volume de água em 1 ano

Divulgação

As represas do Alto Tietê perderam 42,8% de volume acumulado de água em um ano. A comparação foi feita entre 2013 e 2014, tendo como base o dia 3 de setembro. 

No ano passado, o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) estava com o volume armazenado de 58%. No mesmo dia deste ano, as represas apresentam 15,2%. Este é o segundo menor número do Estado, e fica atrás apenas do Sistema Cantareira, onde o volume acumulado aponta 10,7%.

Atualmente, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), retira do Spat, para o consumo da Região Metropolitana de São Paulo, cerca de 14 m³/s de água e utiliza o volume morto do Cantareira. Em visita a Mogi das Cruzes, no domingo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu que não faltará água para abastecer a região até o próximo período de chuva e que não utilizará o volume morto das represas da região.

O tucano afirmou ainda que a Represa de Taiaçupeba estará cheia em até dois verões. A área da represa onde cabem 46,9 bilhões de litros adicionais para a produção de água do Sistema Alto Tietê está tomada de mato e cortada por uma estrada. Se o reservatório tivesse sido inundado desde 2011, o segundo maior manancial que abastece a Região Metropolitana poderia estar hoje com um volume disponível 9% maior.

Segundo a Sabesp, "não há previsão de uso de reserva técnica e a expectativa da companhia é passar pelo verão com água suficiente para o abastecimento da população atendida pelo Sistema Alto Tietê". A companhia já havia garantido anteriormente que a quantidade de água existente nas represas é suficiente para abastecer a região até o próximo ano. A expectativa é que as chuvas, comuns no final de ano, ajudem a resolver uma parte do problema.

SPAT

O Sistema do Alto Tietê é composto pelas represas Ponte Nova, Jundiaí, Taiaçupeba, Biritiba-Mirim e Paraitinga. Os cinco reservatórios são interconectados e alimentados pelos rios Tietê, Claro, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí, Grande, Doce, Taiaçupeba-Mirim, Taiaçupeba-Açu e Balainho, alcançando um volume útil de armazenamento de 517,3 milhões de metros cúbicos.

Fonte: Diário de Suzano - 04/09/2014