Sabesp quer captar água da Ponte Nova para elevar o Spat

Sabesp quer captar água da Ponte Nova para elevar o Spat

Objetivo é que o volume do reservatório de Salesópolis ajude a encher as demais represas do sistema da região


Sabesp quer captar água da Ponte Nova para elevar o Spat
Barragem é a que conta com maior volume de água e pode
ajudar a evitar seca nas demais represas / Foto: Daniel Carvalho
Embora o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) tenha registrado baixa histórica no nível dos reservatórios que abastecem mais de 4 milhões de pessoas, o presidente do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e prefeito de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva (PR), descartou a possibilidade de colapso nas barragens da região. 

Ele afirma que a reserva disponível hoje está dentro do previsto. Por outro lado, para evitar que em 2015 a população fique sem água, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) solicitou ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) uma autorização para a captação da água que fica na barragem Ponte Nova, em Salesópolis, para abastecer o Spat.

A Sabesp informou que, juntamente com a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e o DAEE, avalia a utilização de um volume de aproximadamente 40 bilhões de litros da Barragem Ponte Nova. Este volume representa um acréscimo de 7,5% no Sistema Alto Tietê, que até ontem registrava 4,4% de armazenamento de água.

A represa Ponte Nova, segundo Benedito Rafael, é a maior barragem do Alto Tietê e poderá abastecer toda a região. Ele ainda fez uma avaliação sobre a situação do Spat, no qual foi alvo de notícias nesta semana, devido ao possível colapso em que pode entrar. "Está tudo sob controle. A reserva do Spat está com o volume dentro do previsto e aos poucos vai se equilibrando", afirmou. "Não existe possibilidade de colapso nos reservatórios. Os técnicos estão atentos a situação".

Sobre a possibilidade de captar água da Ponte Nova para o Sistema Alto Tietê, Rafael explicou que não há necessidade de grandes obras e que os serviços não devem levar nem um mês para ter início, a partir da autorização do DAEE. "Será necessário fazer apenas a montagem dos equipamentos para bombear a água até os reservatórios do Spat.

Silva, que também é membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, explicou que a situação preocupante é com relação a recuperação do volume perdido durante o período de baixa estiagem. "É preocupante a possibilidade de recuperação do que foi perdido. No entanto, é possível recuperar. Mas isso deve levar de 3 a 5 anos se chover muito", explicou destacando que a possibilidade de a região ficar sem abastecimento está descartada.

A reportagem do Dat entrou em contato com o DAEE, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno por parte do departamento.

Por Fernanda Fernandes - Fonte: Diário do Alto Tietê - 11/12/2014

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