Educadores estimulam alunos com funk e experimentos científicos

Educadores estimulam alunos com funk e experimentos científicos

Professores tentam valorizar a cultura dos alunos na sala de aula.
Em uma escola em São Paulo, há uma horta que permite aprender.


Educadores estimulam alunos com funk e experimentos científicos
Reprodução TV Globo


Neste mês de volta às aulas em todo o Brasil, a Rede Globo lançou uma campanha sobre educação. A campanha incentiva as famílias a saber o que e como os filhos estão aprendendo, e essa forma de ensinar pode ser surpreendente. Dois exemplos vêm de escolas da Grande São Paulo.

Não são professores, mas são educadores. Eles vieram trazer arte jovem a esta escola pública de Poá, na Grande São Paulo. Funk ostentação. É isso mesmo. Mas com uma pegada diferente, a ideia é valorizar, exibir, um tipo de riqueza que não se compra.

“A escola está a matemática pela matemática, o português pelo português, a ciência pela ciência. A gente tem que colocar o rap pela matemática, o funk pelo português, a arte, a dança de rua pela criatividade”, explica Eduardo Lyra, fundador do Instituto Gerando Falcões.

A vida de Eduardo faz parte da mensagem. Criado em uma favela, filho de um presidiário, ele se formou jornalista e fundou o Instituto Gerando Falcões, que já levou seu recado a 45 mil estudantes.

“Pode ajudar muita gente que está nas drogas em outros lugares”, diz a estudante Jade Martins.

Todos concordam que as novas gerações precisam de motivação em sala de aula ou até fora dela como em uma escola de Cotia, também na Grande São Paulo. Lá, os estudantes participam das decisões do que, quando e como estudar.

“Nós garantimos a todas as crianças o cumprimento do currículo nacional, fundamental um e dois e também temos educação infantil. Nós damos tudo. Nós buscamos o além. As crianças desenvolvem projetos de aprendizagem”, afirma Edilene Morikawa, coordenadora pedagógica.

O Jean, por exemplo, aprendeu muito com a ideia de fazer uma minicisterna para aproveitar água de chuva.

Responsabilidade também se aprende. Ao cuidar da hortinha, ajudar na hora do lanche...e química, física? Dá para estudar mais cedo, aos 10, 11 anos? Na escola da Grande São Paulo, sim. Olha a turminha do laboratório e olha o experimento científico.

“A gente que escolhe, a gente que tem os nossos interesses. Então, se é a gente que está interessado, não tem por que a coisa ser chata”, conta uma estudante.

Publicado em 10/02/15
Por Alberto Gaspar
Fonte: G1



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