Recebido por Rogério Ceni, Alexandre Pato já está integrado no São Paulo

Apesar de ainda não ter assinado contrato, Alexandre Pato já é jogador do São Paulo. Ontem o reforço passou por uma bateria de exames no Hospital do Coração, na Capital paulista, e rumou para o centro de treinamento do clube, na Barra Funda. Ali, ele foi integrado ao elenco são-paulino.

De acordo com o site oficial do São Paulo, Pato foi recepcionado no CT pelo goleiro e capitão Rogério Ceni. Os dois são naturais da mesma cidade (Pato Branco, no Paraná), mas tiveram um desentendimento no Paulistão do ano passado.

Naquele clássico, válido ainda pela primeira fase do campeonato, o goleiro teve uma séria lesão no pé direito ao chutar o atacante para tentar afastar uma bola e viu o árbitro marcar o pênalti. Na comemoração do gol (que deu a vitória por 2 a 1, de virada, para o Corinthians), Pato fez sinal de silêncio para a torcida e Rogério Ceni.

Depois, na semifinal do último Paulistão, Rogério Ceni defendeu o pênalti do atacante corintiano na disputa pela vaga, mas a cobrança foi repetida e Pato tirou o rival da competição com novos gestos de silêncio. "Desejei as boas-vindas, de coração, e que ele vista a camisa do nosso time. Todos os jogadores que chegam para reforçar o São Paulo são sempre bem recebidos, e que ele dê o máximo para nos ajudar", afirmou Rogério Ceni, em entrevista ao site do São Paulo. No último domingo, João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do clube, já havia afirmado que tinha "certeza" que o goleiro seria "o primeiro a fazer a recepção para ele no clube".

Após o encontro com Rogério Ceni, ainda segundo o site do São Paulo, Pato conversou com Muricy Ramalho e a comissão técnica. "Aqui você vai ser muito feliz", teria dito o treinador para o novo jogador do clube. O atacante ainda fez avaliações fisiológicas, almoçou e conheceu o CT da Barra Funda. Depois, treinou no período da tarde.

Para resolver definitivamente a negociação, que envolve a troca do meia Jadson, o Corinthians precisa pagar a Pato cerca de R$1,5 milhão de direitos de imagem atrasados de janeiro e fevereiro. Assim que isso acontecer, o atacante assina contrato com o São Paulo.

Pato chega por empréstimo de duas temporadas, sendo que o Corinthians que pagará metade do seu salário de R$ 800 mil mensais enquanto estiver no São Paulo. Como já atuou em cinco partidas no Campeonato Paulista pelo rival, estourando o limite para defender outro clube, sua estreia com a camisa são-paulina só poderá acontecer no dia 12 de março, contra o CSA, pela Copa do Brasil, em Alagoas. 

Durante o período de empréstimo, ele pode ser negociado para outro clube caso o Corinthians receba uma proposta de pelo menos 15 milhões de euros (R$ 49 milhões). Se isso acontecer, o São Paulo terá direito a 10% do lucro sobre qualquer valor acima deste piso.

Fonte: Diário de Suzano ed.: 9746 - 12 de fevereiro de 2014

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Após a derrota do São Paulo por 3 a 2 para o Kashima Antlers, no Japão, o goleiro Rogério Ceni respondeu as acusações feitas pelo treinador Ney Franco, que foi demitido do clube do Morumbi há pouco mais de um mês.

'Se eu tivesse poder, Ney Franco já estaria demitido', diz Ceni / Foto: Divulgação

"Não tenho muito para falar do Ney Franco, nem o momento acho que cabe muito. Mas para vocês não ficarem sem nada, é que se eu tivesse toda a influência que ele acha que eu tenho, ele estava no olho da rua há muito tempo. Sou apenas um funcionário do clube, eu não decido, eu não mando. Mas se eu tivesse condições de ter a influência que ele acha que eu tenho, ele já estaria longe há muito tempo", disse Rogério Ceni em entrevista dada para os sites do "Lance" e da Globo.

Em entrevista ao jornal "O Globo", ontem, Ney Franco criticou o comportamento do capitão e ídolo são-paulino. De acordo com o treinador, que deixou o clube do Morumbi há um mês, o goleiro extrapola os limites de um jogador e está minando o meia Paulo Henrique Ganso.

"Extrapolou o limite [de um jogador]. Até participa da vida política do clube, há uma disputa por seu apoio político. Ele tem consciência do que representa", disse o técnico.

Na entrevista ao diário, o treinador afirmou que Rogério Ceni reclama até de contratações que não têm o seu aval. "Se chega um nome que é do interesse dele, ele fica na dele; se não é, reclama nos corredores. E isso chega aos contratados, como Ganso, Lúcio. E eu, como técnico, ficava no meio disso", declarou Ney Franco, afirmando que Paulo Henrique Ganso foi fritado no clube.

"Ganso chegou num ambiente... Percebeu claramente as coisas. Chegou ao ouvido dele. Havia uma fritura por trás e pode atrapalhar. Nos corredores, era o que se escutava, que quando Ganso jogava o time tinha um jogador a menos", acrescentou.

Ney Franco foi demitido do São Paulo no início de julho. Logo após sua saída, Rogério Ceni afirmou que o clube "parou no tempo" e que não tinha legado nenhum do último ano, período em que o time foi dirigido por Ney Franco. (Folhapress) - 07/08/2013

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Aline Silva, de 20 anos, tem distrofia muscular e escoliose e não anda há nove anos. Torce para o Tricolor e sonha conhecer o meia Lucas

Aline Silva, de 20 anos, é são-paulina fanática e é do clube do coração que ela diz tirar inspiração e força para enfrentar o dia a dia. Sem queixas, se mantém antenada nas notícias do time e tenta, à medida do possível, ter uma vida como a de muitas outras pessoas com limitações físicas.

Aline Silva mostra o livro que ganhou do Rogério

(Foto: Petterson Rodrigues / Globoesporte.com)

Aos três anos de idade, Aline foi diagnosticada com distrofia muscular e escoliose (desvio na coluna). A distrofia enfraquece os músculos e, em razão disso, em 2001 o seu quadro agravou. Foram várias internações e a agonia aumentou em 2003, depois de uma traqueostomia. Após o procedimento, ela contraiu uma infecção que a obriga a utilizar um aparelho 24 horas por dia para poder respirar. Desde então, não anda mais. Como a família não tinha condições de comprar o aparelho, Aline passou a praticamente "morar" em hospitais da capital e da cidade de Suzano, na região metropolitana de São Paulo, até conseguir o aparato por meio de uma decisão judicial.

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- A minha vida é uma luta diária, pois tenho de lutar contra minhas limitações e tenho de perseguir meus sonhos. Na minha vida, eu sempre tive que lutar. Nasci lutando pra sobreviver e sei que será assim até o ultimo dia.

Aline Silva conhece Rogerio Ceni, no CT do São Paulo, em 2005

 (Foto: Arquivo Pessoal )

Aline conta que o São Paulo e, sobretudo, o capitão Rogério Ceni são personagens muito importantes de sua história.

- Ninguém sabe, mas o São Paulo e o Rogério Ceni tiveram papel fundamental no momento mais difícil da minha vida, quando fiquei internada durante sete meses. Eles me ensinaram que, independentemente das circunstâncias, enquanto há jogo, enquanto há vida, não devemos parar e desistir dos nossos sonhos e objetivos.

Aline se refere à batalha que o São Paulo enfrentou contra o Rosário Central, da Argentina, nas oitavas de final da Taça Libertadores de 2004.

- Foi um jogo complicado, onde até pênalti perdemos. Era o jogo de volta e tínhamos de vencer para nos classificar, mas acabamos indo para os pênaltis. A primeira cobrança havíamos perdido também. Tudo parecia acabado, assim como eu achava que a minha vida estava, mas o São Paulo deu uma reviravolta incrível e milagrosa. E senti, naquele quarto de hospital, que eu, como são-paulina, também podia vencer. Que eu não podia desistir tão fácil da minha vida, da minha vitória, eu tinha de ser igual ao meu time, ou pelo menos tentar, lutar. E foi daí que comecei a ser fanática pelo São Paulo e pelo Rogério Ceni.

Hoje, Aline trabalha em um jornal local, produzindo as reportagens de casa mesmo. Ela concluiu o segundo grau e quer fazer faculdade. Foi uma dos cerca de seis milhões de estudantes que fizeram o Enem, recentemente. Escreve letras de músicas e alimenta alguns sonhos que envolvem Lucas, Rogério Ceni e o Morumbi.

Aline Silva chora ao encontrar com Muller

(Foto: Petterson Rodrigues / Globoesporte.com)

- Nesses últimos meses, desde que fiquei sabendo que o Lucas iria para a França, comecei a lutar mais ainda para conhecê-lo antes de ele partir, mas até o momento não consegui. Outro sonho que tenho é de conhecer o estádio do meu time, o Morumbi. Eu ainda não estive lá, ainda não vi o Rogério Ceni, de quem sou fã incondicional, jogando.

Apesar de o goleiro tricolor ter renovado contrato para mais uma temporada, ela teme não poder ver o ídolo em ação, e a aposentadoria, cada vez mais próxima, entristece.

- Durante o ano fiquei pensando nisso, no fato de que ele poderia pendurar as luvas e eu acabar mesmo ficando sem realizar esse sonho. Sei que ele vai parar no ano que vem e não gosto de pensar nisso, pois sei que a cada dia esse sonho também vai ficando cada vez mais distante.

Aline não desiste e, no último sábado, um dia chuvoso, de céu cinzento, ela conseguiu realizar mais um sonho. Ganhou o autógrafo e a foto de Muller, mais um ídolo da história do São Paulo, que fez um jogo festivo pela equipe master do São Paulo em Poá, cidade da região metropolitana da capital, local onde ela mora. Pelo que a moça demonstra diariamente, este não será o último.

Por Petterson RodriguesPoá, SP

ESPORTES

Fonte: Globo Esporte - 11/12/2012

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