Hospital Regional de Ferraz: "Falta estrutura", diz diretor clínico

REGIÃO 

O médico Alfonso Maria Garcia Bittencourt foi empossado ontem no cargo de diretor clínico do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos Osíris Florindo Coelho após eleição realizada pelos médicos da unidade. A votação ocorreu há alguns meses, no entanto, o médico reclama que até agora não recebeu equipamento para poder trabalhar.

Bittencourt: "Dificuldades" Foto: Jorge Moraes
O diretor clínico aponta que já pediu um computador e documentos com o plantão dos médicos, mas até agora não foi atendido. "Já pedi por três vezes e me negaram em todas elas. Como eles esperem que eu trabalhe sem um computador, pedi também a planilha de (horas) extras e ainda não recebi", revela.

Bittencourt conta que não é somente a sala da diretoria clínica que está sem equipamentos, os móveis e até alguns equipamentos essenciais têm algum problema. "Somos um hospital de grande porte, o certo seria termos equipamentos melhores, como no (Hospital) Santa Marcelina (em Itaquá). Temos um tomógrafo que demorou quatro meses para ser consertado", diz.

De acordo com o diretor, as dificuldades se estendem à falta de remédios. "Não há medicamento por falta de controle do hospital, o pronto-socorro também sofre com a falta de médicos. Já vi até em algumas reportagens que os pacientes não estão sendo bem tratados no PS. Isso já vinha acontecendo, mas piorou nos últimos sete meses".

A Secretaria do Estado da Saúde respondeu, por meio de nota, que a direção técnica do hospital informa que são equivocadas as declarações feitas pelo novo diretor clínico da unidade. O comunicado afirma que o novo diretor clínico, Alfonso Maria Bittencourt, não solicitou oficialmente nenhum documento relacionado a horas extras e escalas de médicos ao diretor da unidade. Da mesma forma, não é verdadeira a informação de que faltam medicamentos na unidade.

Em relação ao tomógrafo, o hospital esclarece que o aparelho quebrou em razão de desgaste natural, mas seu conserto já foi providenciado e o aparelho está em funcionamento novamente.
Durante esse período, não houve prejuízo aos pacientes que precisaram do exame em casos de emergência e urgência, já que o hospital realiza encaminhamento a outras unidades via central de regulação de vagas da Secretaria de Estado da Saúde. Apenas os exames eletivos (não urgentes), de pacientes em acompanhamento ambulatorial, foram reagendados. (F.M.)
Fonte: Mogi News - 04/07/2012

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