Coleta de lixo está prejudicada em três municípios da região

Com perigo de desmoronar, aterro Anaconda, em Santa Isabel, está proibido de funcionar após ordem da Cetesb

As coletas de lixo em Santa Isabel, Salesópolis e Biritiba Mirim estão comprometidas por conta da suspensão das operações do aterro sanitário Anaconda, em Santa Isabel. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) notificou preventivamente a empresa a regularizar o maciço, que ameaça desmoronar. Por conta disso, cinco cidades da região não podem mais mandar seus resíduos para o local. Mogi das Cruzes e Arujá já enviam o lixo para o aterro Essencis, em Caieiras.

O próprio prefeito de Santa Isabel, Hélio Buscarioli (PSDB), reconheceu que a situação é crítica. O lixo já se acumula nas casas e no comércio e a prefeitura terá que negociar outro aterro para enviar seus resíduos. "Estamos estudando enviar o lixo para Tremembé, mas até regularizar isso, ele está se acumulando. Vai levar uns 20 dias para normalizar a coleta", disse o prefeito, ao se referir ao aterro SASA, que fica a cerca de cem quilômetros de Santa Isabel.

A Cetesb informou que a empresa Anaconda deve providenciar nos próximos dias uma área de transbordo em Santa Isabel para que o lixo coletado seja transferido até Tremembé, mas o local para a criação dessa estação de transferência não foi definido. Juntamente a Santa Isabel, as três cidades correspondem a produção e 30 toneladas por dia de resíduos, o que dá uma média de 900 toneladas por mês.
As prefeituras de Salesópolis e Biritiba não se manifestaram até o fim da edição. O proprietário do Anaconda, Edelcio Lungarezi também foi procurado, mas não foi localizado.

Mogi e Arujá
Em Mogi e Arujá, não houve interrupções na coleta. A CS Brasil, responsável pelo recolhimento do lixo doméstico, já possuía autorização para fazer o descarte no aterro Essencis, em Caieiras. De acordo com a assessoria da empresa, a notificação sobre a suspensão da licença de operação do Anaconda ocorreu na tarde do último dia 14.

A CS Brasil colocou equipamentos a mais na operação e não haverá alterações na coleta, e informa que tem autorização para operar em outros aterros e busca novas autorizações para outros possíveis casos de emergência. Atualmente, são coletadas, por mês, cerca de dez mil toneladas de resíduos em Mogi e duas mil em Arujá. (Delcimar Ferreira)

Precariedade: Em Santa Isabel a coleta não é feita e população 
pendura o lixo nas árvores / Foto: Divulgação

PREJUÍZO
Fonte: Diário do Alto Tietê - 20/11/2012

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