Com goleada, Corinthians vinga-se da Ponte Preta
A temporada passada foi uma das melhores da história corintiana, com título da Libertadores e do Mundial, mas teve um ponto fraco na eliminação para o time campineiro no Estadual. Verdade que aquele jogo também ajudou o sucesso do restante do ano, visto que as falhas do goleiro Júlio César levaram o técnico Tite a trocá-lo pelo mais seguro Cássio.
Deste vez, mesmo com o titular machucado, Júlio César não entrou em campo, preterido por Danilo Fernandes. De resto, o Corinthians contava com um time que reunia o melhor disponível em seu elenco. E com isso fez diferença a maior técnica dos alvinegros da capital em relação à equipe de Campinas.
Por mais que, no início, a Ponte Preta tenha mostrado disposição na marcação e tenha sufocado a saída de bola do rival. Resultado: o jogo se desenvolvia basicamente no campo de defesa do Corinthians. Faltava uma qualidade nas conclusões do time do interior.
Mesma qualidade que sobrava aos atacantes corintianos quando tinham a bola no pé. Foi assim no primeiro arremate a gol da equipe da capital, feito por Guerrero, rente à trave. O peruano já mostrava ali, em um lance que roubara a bola e passara por dois, que esta era sua tarde.
O gol de abertura do placar também foi resultado de um chute de Guerrero. Aos 33min, ele bateu forte de longe, com efeito, para Édson Bastos que entrou torto no lance e rebateu para o meio da área. Romarinho pegou o rebote de primeira e fez o gol.
Seis minutos depois a qualidade dos atacantes corintianos fez, de novo, a diferença no jogo. Emerson dominou na entrada da área pela esquerda, cortou o zagueiro e chutou forte no canto. Édson Bastos, de novo, foi a mão mole na bola e a deixou entrar.
"A bola fez uma curva e tentei botar para fora, mas não deu", explicou o goleiro pontepretano sobre o primeiro lance. "No segundo, tinha dois jogadores na minha frente."
A volta para o segundo tempo tinha um Corinthians ainda mais seguro, com a vantagem no placar. A Ponte tentava exercer seu jogo de pressão, mas mostrava certo desânimo. Esse cenário se acentuou quando o juiz Klaus marcou um pênalti inexistente de Cléber sobte Emerson. Aos 11min, Guerrero teve sua justa compensação pela boa atuação e bateu no canto para fazer o terceiro gol.
Logo depois, o volante Baraka deu um pisão sobre Romarinho e foi justament expulso. Isso acabou com qualquer chance de reação da Ponte Preta. Quem teve a melhor chance de fazer gols foi Pato, que entrou no lugar de Guerrero. Após cruzamento de Emerson, ele chutou no contrapé de Édson Bastos que defendeu. Outra oportunidade dele foi em uma cabeçaça que o goleiro rival tirou com o pé.
Pato, finalmente, pôde marcar o seu gol e estabalecer a goleada em um belo lance. Aos 44min, ele driblou o zagueiro e o goleiro antes de tocar para o gol vazio. Decretou a goleada no time campineiro que tinha sido a defesa mais eficiente da primeira fase do Paulista.
Com a vaga na semifinal decidida, restou ao Corinthians tocar a bola e poupar seus jogadores para a partida da Libertadores, contra o Boca Juniores. À Ponte, restou o consolo de ouvir sua torcida apoiar o time apesar da derrota. O time alvinegro da capital enfrentará na semifinal o São Paulo ou a Penapolense na semifinal - a vaga será decidida ainda neste domingo.
Do UOL, em São Paulo - 28/04/2013