Centro de Controle de Zoonoses participa do projeto Cães Comunitários

Na esteira do programa permanente e gratuito de castrações de cães e gatos e de incentivo à posse responsável, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Mogi das Cruzes tem participado ativamente do projeto cães comunitários, em que um grupo específico de pessoas toma para si a responsabilidade de cuidar de um ou mais animais, sem necessariamente levá-los para casa, porém oferecendo todas as condições para que eles tenham uma vida saudável.

Em Mogi das Cruzes, desde a aprovação da Lei Estadual 12.916, de 16 de abril de 2008, apenas dez casos de adoções comunitárias foram registradas oficialmente no CCZ. Funciona da seguinte forma: após se decidir pela adoção, o grupo entra em contato com o CCZ, pelo telefone 4792-8585 e o Centro envia um técnico ao local onde o cão circula, para averiguar as condições de higiene e abrigo. Se tudo estiver regular, o animal e os cuidadores entram para o programa, que é formalizado mediante a assinatura de um termo de compromisso.

O animal é levado ao CCZ, onde é castrado e microchipado. Este último procedimento, feito rapidamente por meio da aplicação de uma injeção, permite que o animal seja identificado pelos técnicos do Centro, na eventualidade de ele se perder e ser encontrado por outra pessoa ou grupo. “É o que chamamos de identificação permanente. Se um cão perdido chegar até nós e estiver microchipado, conseguimos ver pelo sistema a quem ele pertence”, explica o veterinário responsável técnico pelo Centro, Eduardo Kenji Odani.

No termo de responsabilidade assinado pelo grupo de cuidadores, eles se comprometem a realizar as vacinações preconizadas – a vacinação contra a raiva é obrigatória, e recomenda-se também as vacinas múltiplas – bem como o controle de endo e ectoparasitas, a proporcionar boas condições de alojamento e alimentação, mantendo a higiene do local onde o animal habita por meio de ações como recolhimento de fezes e de restos de alimentação.

Os cuidadores se comprometem também a informar o Centro de Controle de Zoonoses sobre quaisquer alterações comportamentais no animal e eventuais agressões causadas a terceiros, a não transmitir a responsabilidade do mesmo a outra pessoa ou grupo sem comunicar o CCZ e a cumprir todas as legislações já existentes sobre a posse responsável e o bem estar animal. Em Mogi das Cruzes, há um projeto de lei municipal que ainda tramita e versa sobre esses itens.

Nesta semana, mais um caso foi formalizado no município. Um grupo de taxistas que trabalha no Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, no Mogilar, assinou o termo de compromisso e passou a ser oficialmente o grupo cuidador de dois cães, um macho e uma fêmea, que há mais de um ano circulam diariamente pelo terminal. Ambos já haviam sido castrados, mas receberam, na última quarta-feira (15/05), o microchip para identificação permanente. 

Após avaliação do local de convívio, técnicos do Centro de Controle de Zoonoses fazem a castração e microchipam os cães comunitários


“Todo mundo ajuda um pouco, desde os funcionários da limpeza até quem trabalha ali no comércio. O Yellow e a Neguinha chegaram juntos ali e desde então começamos a ajudar. Às vezes é difícil a gente levar o cachorro para casa, porque o espaço é pequeno, ou já cuidamos de outros animais, então essa é uma de forma de dar ao bicho a sua liberdade e ao mesmo tempo os cuidados que ele precisa”, declarou Eduardo Guimarães de Macedo Braga, um dos taxistas do grupo cuidador. (LMS)

Fonte: Secom/ Mogi - 17/05/2013
Fotos: Guilherme Berti

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