Estação do metrô de SP ganha proteção

Estação Faria Lima é reforçada com proteção metálica contra vandalismo
Objetivo é evitar danos em novo protesto, marcado para segunda-feira (17).
Último protesto ocorreu na quinta (13) em SP e teve 5 mil manifestantes.

Tapumes metálicos cercam a estação de metrô Faria Lima, na Linha 4-Amarela (Foto: Rafael Sampaio/G1)


Proteções metálicas foram colocadas nas entradas da estação de metrô Faria Lima, da Linha 4-Amarela, conforme constatou o G1 neste sábado (15). O objetivo é evitar depredações que possam ser causadas durante o novo protesto contra o aumento da passagem do transporte público, marcado para segunda-feira (17) no Largo da Batata, em Pinheiros, São Paulo, afirma a concessionária ViaQuatro.

Segundo a empresa, que opera a Linha 4-Amarela, os tapumes metálicos são uma "medida preventiva" adotada "como forma de proteger o patrimônio público e resguardar a segurança dos usuários".

Histórico

O protesto da última quinta-feira (13) foi o quarto de uma série iniciada em 6 de junho. A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação.

Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha. De acordo com a delegada Vitória Lobo Guimarães, até o início da madrugada, 198 pessoas haviam sido detidas e encaminhadas ao 78º DP, nos Jardins. Todos foram liberados. Quatro vão responder termo circunstanciado; três deles por porte de entorpecentes e um por resistência à prisão. Outras cinco pessoas foram levadas para o 1º DP.

O ato ocupou a Rua Xavier de Toledo, o Viaduto do Chá e seguiu pela Avenida Ipiranga. Ao menos duas pessoas foram presas na esquina das avenidas Ipiranga e São Luís por causa da depredação e pichação de um ônibus.

Os manifestantes, cerca de 5 mil, segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas.

A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina, fechou as portas.

Os manifestantes tentaram subir a Rua da Consolação, por volta das 19h15, e houve dispersão. Parte seguiu até a Avenida Paulista, que voltou a ser interditada por volta das 21h30. Uma parte do grupo fez barricada uma com objetos queimados na Rua Fernando de Albuquerque. A polícia avançou com balas de borracha e gás lacrimogêneo sobre os manifestantes, que revidaram jogando pedras e garrafas em direção aos PMs.

O jornal 'Folha de S.Paulo' diz que teve 7 repórteres atingidos no protesto, entre eles Giuliana Vallone e Fábio Braga, que levaram tiros de bala de borracha no rosto. Um cinegrafista foi atingido com spray de pimenta no rosto por um policial.

Um jornalista da revista 'Carta Capital' e um fotógrafo do portal 'Terra' foram levados para o 78º DP, nos Jardins, na Zona Sul da cidade, mas foram liberados por volta das 19h30. Outros detidos relataram ao G1 terem sido levados à delegacia por portarem vinagre e spray.

A Anistia Internacional mostrou “preocupação com o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo”. “Também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha”, disse em nota.

Do G1, em São Paulo - 16/06/2013

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