Manifestação reúne 65 mil em SP

Em São Paulo, 65 mil pessoas participaram da manifestação contra o aumento da tarifa dos transportes. Gritando frases como: "O povo unido não precisa de partido" e "Sem partido, sem partido" os manifestantes se reuniram de forma pacífica no largo da Batata, na zona oeste da cidade.

Manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público, na av. Faria Lima / Foto: Folhapress


Ao contrário do protesto anterior, na quinta-feira passada, em que houve mais de 200 feridos - 15 jornalistas, sendo sete da Folha de S.Paulo - dessa vez não houve confrontos, prisões ou registros de casos de vandalismo.

A presença da Polícia Militar foi discreta e se limitou à revista de manifestantes antes do início do ato. Por volta das 16h, a região do largo da Batata foi ocupada por manifestantes que saíram em marcha pela avenida Faria Lima.

Os militantes do Movimento Passe Livre decidiram dividir a passeata em dois grupos. Uma parte seguiu pela Rebouças, no sentido marginal Pinheiros. O restante ocupou a Faria Lima. No caminho, os manifestantes chamavam a população para participar do protesto.

Nas janelas dos prédios, as pessoas responderam colocando lençóis e toalhas brancas em apoio ao ato, que começou como movimento contra o aumento da tarifa do transporte e se transformou em protesto geral.

Na marginal Pinheiros, um pequeno grupo de punks chegou a ensaiar alguns atos de vandalismo, mas foram impedidos por outras pessoas.

Um ônibus que estava parado no trânsito foi pichado com caneta mas os manifestantes correram para apagar.

Durante todo o percurso, os grupos políticos que portavam bandeiras de partidos "sofreram patrulha" dos manifestantes, que pediam incessantemente que elas fossem guardadas.

Os dois grupos que saíram do largo da Batata se encontraram na ponte Octavio Frias de Oliveira. Durante a passagem, a maioria dos manifestantes começou a pular, o que fez a estrutura tremer.

Enquanto isso, um terceiro grupo fechou a avenida Paulista, nos dois sentidos, também de forma pacífica. O trânsito foi interrompido.

Na avenida Engenheiro Luís Calos Berrini, um grupo se sentou bem no meio da via, gritando palavras de ordem.

Para surpresa de todos, os policiais militares que acompanhavam a manifestação também decidiram se sentar e acabaram aplaudidos por todos.

Bandeirantes

Por volta das 21h, um grupo de manifestantes que estava na ponte Octavio Frias de Oliveira rumou em direção ao Palácio dos Bandeirantes, onde eles esperavam ser recebidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Pouco tempo depois, no entanto, o grupo foi informado pelo palácio que não seriam recebidos e decidiram rumar em direção ao shopping Butantã, na zona oeste.

O pico de congestionamento na cidade foi registrado por volta das 19h. Ficou em 135 km, pouco acima da média para o horário.

Bandeiras brancas

O quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte em São Paulo inaugurou uma nova forma de manifestação.

Lençóis e toalhas brancas, pendurados em janelas podiam ser vistos em edifícios nos arredores do largo da Batata, em sinal de apoio aos manifestantes.

Do décimo andar de um prédio de escritórios na rua Cláudio Soares, Fransuelen Menezes, 29, participa do protesto sem precisar fechar seu estúdio de Pilates.

"As pessoas lá embaixo estão certas. Meus pacientes que moram longe tem dificuldade para se locomover ate aqui por causa do preço".

No Facebook, o publicitário Bruno Azevedo, 30, criou um evento convidando os paulistanos a enfeitarem janelas. "Foi uma forma de incentivar quem não tem energia para ir para a rua a conseguir mostrar sua opinião." (Folhapress)

Fonte: Diário de Mogi - 18/06/2013

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