Portuguesa é rebaixada no tapetão

Portuguesa é rebaixada no tapetão

Por 5 a 0, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu, em primeira instância, punir a Portuguesa com a perda de quatro pontos, rebaixando a equipe para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 2014. A decisão salva o Fluminense da queda. No entanto, a Portuguesa pode recorrer ao pleno do STJD. Esse julgamento deve ser realizado no dia 27 de dezembro.

Presidente da Lusa, Manuel da Lupa, garante que clube entrará com recurso para novo julgamento / Foto: Divulgação - Trevisan


O Campeonato Brasileiro acabou com a Portuguesa em 12º lugar, com 48 pontos. Já o Fluminense terminou com 46 pontos em 17º lugar, o primeiro na área do rebaixamento.

O relator, o carioca Felipe Bevilacqua de Souza, foi favorável à punição pela perda dos quatro pontos dentro do artigo 214 e ainda uma multa de R$ 1.000. Os quatro demais auditores acompanharam o voto de Souza.

O caso

O julgamento aconteceu ontem por causa da escalação do meia Héverton no empate de 0 a 0 contra o Grêmio na última rodada do Campeonato Brasileiro.

O atleta da Portuguesa foi expulso contra o Bahia e cumpriu suspensão automática diante da Ponte Preta. Só que ele recebeu uma outra punição, em um julgamento na sexta-feira anterior ao jogo do Grêmio: pegou mais uma partida gancho, o que o impediria de atuar. No entanto, ele, que estava na reserva, entrou aos 32 min do segundo tempo naquela partida.

A Portuguesa sempre alegou que não foi avisada do segundo jogo de suspensão pelo advogado que a representou naquele julgamento, Osvaldo Sestário. Ele tinha dado entrevistas garantindo que comunicou o clube.

Ontem o advogado João Zanforlin defendeu que o clube paulista fosse punido pelo artigo 223 (deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução, transação disciplinar desportiva ou determinação da Justiça Desportiva). Se ocorresse, a equipe não perderia quatro pontos, mas poderia ser multada de R$ 100 a R$ 100 mil.

"Ninguém pode ser punido se não houve má-fé", afirmou. "O jogo com o Grêmio não valia nada", completou.

Zanforlin comparou ainda a atuação de Héverton com a de um chuchu. "Não faz mal, não fez bem", disse.

O advogado reclamou ainda que como o julgamento de Héverton foi na noite de sexta-feira, não havia tempo de recurso. "Vai recorrer a quem? Ao papa Francisco?"

O advogado do Flamengo, Michel Assef Júnior, também reclamou da falta de prazo para recorrer.

O advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, foi o último representante de clube a falar. E usou como argumento o que está escrito na lei.'"Querem que o tribunal decida com o fígado", afirmou. "O Fluminense não fez nada. O Fluminense só cumpriu a decisão do tribunal", completou.

Fonte: Diário de Mogi - 17/12/2013

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