Cinco jovens morrem afogados em Santo André

Cinco jovens morrem afogados em Santo André

Grupo ignorou proibição para nadar no local, conhecido como 'Tancão da Morte', que fica em um parque municipal

"Região é uma antiga mineradora e virou lago artificial com cerca de 50 metros de profundidade" / Foto: Daniel Teixeira


Cinco adolescentes com idade entre 12 e 17 anos foram encontrados mortos ontem em um lago do Parque Municipal Guaraciaba, conhecido como "Tancão da Morte", em Santo André, na Grande São Paulo. Os jovens moravam no Jardim Oratório, na cidade de Mauá. Adilson Mendes Soares, de 15 anos, estava com o grupo, mas conseguiu se salvar e chamar o resgate.

O jovem disse à Policia Civil que o grupo entrou por uma trilha por volta das 11h e que o acidente aconteceu às 12h. Ele também contou que nenhum dos meninos sabia nadar e que só conseguiu se salvar porque ficou próximo à margem. A região é uma antiga mineradora e há mais de 20 anos virou um lago artificial com cerca de 50 metros de profundidade, que coleciona casos de afogamento.

Só nos últimos três anos, segundo a polícia, ao menos duas mortes foram registradas no local, também envolvendo adolescentes. Desde 2006, a Prefeitura é obrigada pela Justiça em uma ação movida pelo Ministério Público a proibir o acesso ao lago. Segundo a administração municipal, o lago é cercado e tem vigilância 24 horas por dia. A reportagem do Estado contou 28 placas ao redor do lago indicando "é proibido nadar, perigo de morte".

"Eu estava trabalhando quando minha mulher ligou avisando o que tinha acontecido. Eram crianças querendo se divertir, mas a gente nunca sabe o que eles são capazes de fazer", disse o metalúrgico Marcos dos Santos Pereira, de 36 anos, tio dos primos Henrique Pereira Lima, de 15 anos, e Matheus Santos Dias de Souza, de 12 anos.

Também morreram Anaílton Aílton Severino da Silva, de 15 anos, e Douglas Roberto Santana, de 17 anos. "Tudo indica que os responsáveis pela morte foram as própria vítimas, que foram imprudentes", declarou o delegado Marcos Alexandre Cattani, do 6.° DP. Por meio de nota, a Prefeitura informou que segue à risca a determinação da Justiça e que ainda pretende aterrar o local.

Fonte: Estadão - 30/01/2014

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