Falta de médicos suspende partos no Regional de Ferraz

Ferraz

Sem médicos, Regional suspende partos até terça

Equipe de obstetras e neonatologistas está defasada, segundo informou a direção do hospital

Com mais de 40 semanas de gravidez, Gracilene disse que ainda
não sabe em que hospital vai ter o bebê / Foto: Daniel Carvalho
O Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos, não realizará partos, pelo menos até a próxima terça-feira, já que a equipe de obstetras e neonatologistas está defasada, segundo informou a direção do hospital ao Dat na manhã de ontem. Conforme a reportagem apurou, a maternidade poderá ser totalmente fechada após o dia 20, quando os médicos concursados que ainda trabalham no local serão encaminhados para outros hospitais estaduais para que o setor passe por um processo de terceirização. A informação, que estava sendo repassada por médicos às pacientes da unidade, foi desmentida pela Secretaria de Estado da Saúde.

O Dat esteve no Regional na manhã de ontem e conversou com duas gestantes que receberam atendimento na unidade do Estado e foram informadas sobre o fechamento do hospital nos próximos dias. "A médica me examinou e pediu para procurar outro hospital para fazer o parto, porque este vai fechar por causa de uma terceirização. Não sei o que fazer porque já procurei três hospitais e até agora não consegui um local para ter o meu filho", explicou Gracilene Alves dos Santos Pereira, de 26 anos, que está grávida de 9 meses.

O Dat encontrou a gestante sentada em uma mureta do hospital sem saber o que fazer. "Já passou da hora de nascer porque estou com mais de 40 semanas. Acho esta situação absurda e não sei a quem recorrer", desabafou. Ao lado da tia, Gracilene esperava uma carona para seguir até outro hospital, já que o Regional não ofereceu qualquer suporte à gestante. Outra jovem que preferiu não se identificar também afirmou ao Dat ter sido informada pela médica ginecologista de plantão e por enfermeiras que a maternidade será fechada em breve.

Diretoria
O diretor de Ginecologia do Regional, Marcos Antônio Kedas, e o diretor clínico substituto, Aloísio Priuli, receberam a equipe do Dat ontem. Segundo Kedas, o hospital tem um déficit de 12 médicos obstetras e neonatologistas. "Hoje (ontem) temos uma equipe completa para fazer parto, mas até a próxima terça-feira, nós teremos dias em que só vamos contar com ginecologistas e outros só com o neonatal. Não se pode realizar um parto sem as duas especialidades", explicou. Sobre a informação do fechamento da maternidade em função da terceirização, os diretores preferiram não comentar o assunto.

Por Cibelli Marthos - Fonte: Diário do Alto Tietê - 10/01/2014

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