Abrigos do Alto Tietê reforçam ação com moradores de rua durante o frio

Abrigos do Alto Tietê reforçam ação com moradores de rua durante o frio

Das dez cidades da região apenas três não contam com o serviço.
Expectativa é que alguns abrigos dobrem lotação nesse período.


Com frio intenso, Prefeitura de Ferraz de
Vasconcelos faz ação com moradores de rua
(Foto: Jovino Souza/
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos)
Com a chegada do inverno neste sábado (21) as cidades do Alto Tietê já estão se preparando para dar suporte aos moradores de rua. Para amenizar as baixas temperaturas, desde o começo de junho, várias ações estão sendo feitas pelas Secretarias de Assistência Social da região.

A expectativa é que alguns abrigos dobrem a lotação nesse período. Das dez cidades da região, apenas três não contam com o serviço de acolhimento.


Mogi das Cruzes
A cidade conta com duas entidades: Abomoras e Casa de Maria Maranathá. No geral, o serviço de acolhimento conta com a capacidade para atender 156 pessoas. Para o inverno a expectativa é de ampliar para 176 atendimentos. No ano passado, eram 126 vagas.

De acordo com a Secretaria de Assistência Social, as entidades parceiras recebem subvenções das esferas federal, estadual e municipal. Neste ano, a Associação Maranathá receberá ao todo mais de R$ 780 mil enquanto que a Abomoras mais de R$ 370 mil.

Quanto ao trabalho, a secretaria informa que são feitas ações contínuas em vários locais da cidade e que em épocas de temperaturas mais baixas o trabalho é intensificado com a "Operação Inverno", onde são feitas abordagens de rua até as 22h. O serviço de abordagem pode ser acionado pelo telefone 9 7570-9790.

Suzano
O município tem convênio com o abrigo Bom Samaritano, que fica no Jardim Nazareth. A capacidade é para 50 vagas. A estimativa da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social é que a demanda por abrigamento dobre no período de frio. Por conta disso, a secretaria reforça o trabalho de abordagem social nas ruas durante a noite e aos finais de semana.

Por mês, a cidade repassa ao Bom Samaritano mais de R$ 32 mil. Além do abrigo, o município também conta com um convênio com a Fundação MGI, que aborda pessoas de rua para oferecer cursos de qualificação profissional visando à inserção ao mercado de trabalho.

A secretaria social explica que as equipes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) fazem um trabalho para que a pessoa em situação de rua seja reintegrada à família, verificando seu local de origem e dando condições para sua reinserção na sociedade. Caso seja detectado algum transtorno mental e abuso de álcool e drogas esse morador de rua é encaminhamento para os Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para passar por tratamento. As equipes do Creas também fazem um cadastro dessas pessoas para recebimento de benefícios como o Bolsa Família. Informações devem ser procuradas no Creas pelo telefone 4743-3313.

Agentes de Ferraz entrgam comida e recolhem
moradores (Foto: Jovino Souza/
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos)
Ferraz de Vasconcelos
A cidade conta com um abrigo com capacidade para acolher 25 pessoas. Durante o inverno a procura pelo serviço aumenta cerca de 30%. Por isso, nessa época a Prefeitura dá início a uma operação emergencial de resgate e acolhimento de andarilhos.

No começo de junho, uma ação realizada pela Secretaria Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social fez a retirada de quatro desabrigados das ruas. O grupo foi encaminhado para o Instituto de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua (Betel), no bairro do Cambiri. Durante as ações quem rejeita ajuda recebe agasalhos, cobertores, chá e lanche.

Além da Secretaria Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social, a Guarda Municipal também participa desse trabalho pelas ruas dando apoio aos agentes sociais. Diariamente, segundo a secretaria, são realizadas rondas. Ao chegar ao abrigo, os moradores recebem alimento e podem fazer a higiene pessoal. Por mês, a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos repassa ao abrigo cerca de R$ 9 mil, sendo os recursos provenientes das esferas estadual e federal.

Poá
A Prefeitura informou que a cidade conta com um albergue. A capacidade é de 30 vagas. Para passar a noite no local, as pessoas precisam entrar na fila a partir das 17h. No albergue, os moradores passam a noite, fazem a higiene, recebem alimentação e saem pela manhã. A administração não deu mais detalhes de como o trabalho social é realizado na cidade.

Arujá

De acordo com a Prefeitura, o município não tem abrigo ou casa de acolhimento para moradores de rua. Todas as pessoas em situação de rua são munícipes e durante o inverno não há registro de aumento da demanda.

Os moradores contam com o suporte de um educador social e com um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Nas noites de frio intenso são realizadas rondas com apoio da Guarda Municipal. Segundo a administração, se uma pessoa em situação de rua for encontrada, os agentes oferecem apoio para que elas voltem para casa. No caso de recusa são disponibilizados agasalhos e cobertores. Por mês, a cidade recebe um subsídio mensal no valor de R$ 5 mil do Governo Federal.

Santa Isabel
O município de Santa Isabel tem um abrigo para atender a população em situação de rua. Porém, a sede fica em Mogi das Cruzes. A Associação Maranathá – Casa de Maria faz o acolhimento de homens, mulheres e famílias. Além disso, a cidade possui um núcleo em Santa Isabel, conveniado com a Prefeitura para receber a demanda.

A capacidade do espaço durante o inverno é de seis vagas fixas, em Santa Isabel, e para acolhimento 12 vagas. Atualmente, estão acolhidas oito pessoas em Santa Isabel, e em Mogi das Cruzes três pessoas.

A verba destinada para o Serviço de Acolhimento a Pessoa em Situação de Rua é de R$ 15 mil mensais conforme convenio firmado entre a Prefeitura Municipal e Associação Maranathá Casa de Maria, que incluem os serviços de abordagens sociais, acolhimento institucional e serviço de reinserção social.

No abrigo são desenvolvidos acompanhamentos, além de procedimentos como viabilização dos documentos e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, acompanhamento na saúde, através da UBS Brotas, Ambulatório de Saúde Mental em Santa Isabel. Após o primeiro contato é realizado a reinserção no mercado de trabalho e o retorno ao convívio familiar e comunitário.

No inverno com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência e Promoção Social são realizadas abordagens noturnas durante a semana. Informações pelo 4657-1836.

Outras cidades
A Prefeitura de Salesópolis informou que o município não possui moradores de rua e, portanto, não conta com abrigos. A administração de Itaquaquecetuba também afirmou que não há abrigos para moradores de rua na cidade. Guararema informou que não possui demanda que justifique a implantação de um abrigo. O G1 procurou a administração de Biritiba Mirim várias vezes, mas até agora não teve resposta.

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