Após entrave em negociação, decisão sobre texto da Rio+20 é adiada
GERAL:
Delegações se reuniram até as 2h20, mas não houve aprovação.'Vou anunciar que concluímos texto', disse ministro em plenária fechada.
Na reunião fechada de delegados, que o G1acompanhou, Patriota disse aos participantes que o governo brasileiro incorporou “ao máximo” todas as sugestões dos países integrantes da Rio+20.
“Tenho uma breve fala a fazer, para anunciar que temos o texto. Tentamos incorporar ao máximo as preocupações e sugestões feitas pelos participantes. Mesmo a essa hora, tarde da noite, levamos a cabo consultas de última hora sobre as questões de maior divergência. Então, gostaria de agradecer a todos os participantes pela extraordinária demonstração de flexibilidade e pela vontade política nesse processo de negociação”, afirmou.
“Acredito que cumprimos o objetivo de concluir nossa tarefa nesta noite, de ter um texto para submeter à reunião de Alto Nível”, disse.
Ao encerrar a fala, o ministro destacou às delegações que anunciaria à imprensa a “conclusão” do documento final da Rio+20. “Desejo a vocês uma ótima noite, bom descanso. E quero deixar claro que vou anunciar agora à imprensa que concluímos a elaboração do texto”, afirmou o ministro, o que provocou ruído entre os delegados.
O Brasil, como país-sede, preside a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, esperava chegar a um consenso em torno do texto, mas a União Europeia defendeu que a negociação continuasse entre os ministros, chefes de Estado e governo que vão se reunir de quarta a sexta no segmento de alto nível da conferência, para chegarem a um resultado mais “substancial”.
Durante a segunda-feira (18), o negociador-chefe brasileiro, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, apostava no consenso ainda esta madrugada e negou que houvesse a possibilidade de a decisão ser adiada. "O texto será fechado nesta noite", disse ao G1 antes do anúncio da prorrogação das negociações.
O texto proposto pela presidência brasileira da Rio+20 tem sido criticado como pouco ambicioso, já que não cria o fundo de desenvolvimento sustentável de US$ 30 bilhões para os países pobres, não transforma em agência o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, além de adiar a definição de metas de sustentabilidade
Nathalia Passarinho, Dennis Barbosa e Daniel BuarqueDo G1, no Rio
Dennis Barbosa/G1
O texto proposto pela presidência brasileira da Rio+20 tem sido criticado como pouco ambicioso, já que não cria o fundo de desenvolvimento sustentável de US$ 30 bilhões para os países pobres, não transforma em agência o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, além de adiar a definição de metas de sustentabilidade
O secretário da ONU para a Rio+20, o chinês Sha Zukang (à esquerda),
e os ministros brasileiros das Relações Exteriores, Antônio Patriota (centro),
e do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, durante entrevista coletiva durante
a madrugada
Noticias
19/06/2012 - 07h:49
Fonte: G1.com