Comerciantes de Ferraz lutam contra o prejuízo durante as obras.

REGIÃO


CPTM prometeu entregar a nova estação no fim desse ano, mas acabou esticando o prazo até março de 2014

Comerciantes com ponto fixo, vendedores autônomos e taxistas da área central de Ferraz de Vasconcelos estão amargando quedas entre 40% e 50% desde o início desse ano, quando a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) desativou a estação de passageiros para a construção de novas plataformas de embarque, cujas entradas davam de frente para as praças da Independência e da Bíblia. A estação foi transferida provisoriamente para a avenida Brasil, ao lado do viaduto Ayrton Senna, o que fez reduzir de forma considerável a movimentação de pessoas no entorno das praças. De acordo com a prefeitura, aproximadamente 30 mil passageiros usam todos os dias a estação da CPTM no centro da cidade. A entrega da nova estação, que custará R$ 41,5 milhões, foi prometida inicialmente para o final desse ano. Depois, a data de inauguração foi empurrada para o final de 2013, e, no início dessa semana, o DAT revelou uma informação, confirmada pela companhia de trens, de que a nova estrutura de embarque só ficará pronta no primeiro trimestre de 2014. O novo atraso para a conclusão das obras vai agravar ainda mais a situação do comércio.

Prejuízos crescentes
Um grupo de taxistas que trabalha na praça da Bíblia estimou em 50% a queda das viagens por causa da transferência da estação. "Esse atraso na entrega da obra só vai trazer mais prejuízos. A gente está tentando se virar. Esse ponto tem 16 motoristas e decidimos fazer um revezamento. A cada dois dias, quatro condutores ficam perto da nova estação para conseguir trabalhar. Como lá não tem espaço para todos (16), encontramos essa solução", explicou um taxista que pediu anonimato.
Um comerciante autônomo calculou em 30% a queda nas vendas no conjunto de barracas que funcionava até o mês passado na praça da Bíblia. O centro de compras popular foi transferido para as imediações da estação provisória. Os vendedores Jonatan Michel e Simone de Oliveira também protestaram contra a diminuição das vendas e lamentaram a demora para o término dos serviços. "A gente não tem o que fazer, mas não sei se os comerciantes conseguirão esperar, sem falir, até 2014", comentou Simone.

Bras Santos
De Ferraz

                       Erick Paiatto
Estação: Quem dependia do tráfego de usuários para trabalhar 
está sofrendo com o atraso

Noticias
16/06/2012 - 12h:51
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