Poá: Advogados querem que MP acompanhe investigações sobre morte de menina
Poá:
Os advogados dos pais da poaense Maria Eduarda, de 4 anos - que morreu afogada ao cair em uma piscina de adulto no Complexo Hoteleiro Costa do Sauípe, na cidade de Mata de São João (Bahia) no início do mês -, vão acionar o Ministério Público local (MP-BA). A intenção é de que o órgão acompanhe as investigações sobre a morte da menina. Para os advogados, José Beraldo e Jeruza Reis, houve negligência no atendimento por parte do hotel onde a família da garota passava férias, já que não havia salva-vidas.Ontem o pai da criança, Rogineis Alves Domingues, de 42 anos, prestou depoimento à delegada Diana Marize, responsável pela Delegacia de Praia do Forte, na região baiana. "O pai foi ouvido para mostrar que não teve culpa alguma, que não tirou seu foco da criança. Ele começou a procurar a menina e um turista achou a criança. O pai desesperadamente pediu socorro, mas o salva-vidas só apareceu depois de cinco minutos", reforçou Beraldo.
A mãe da criança, Dagmar Ribeiro Domingos, de 32 anos, também os acompanhou na viagem. Questionada, Jeruza acredita que o caso será conduzido da melhor maneira possível de forma a apontar e punir os culpados. "A delegada demonstrou interesse na busca da verdade. Teremos uma boa condução".
Ao acionarem o MP, Jeruza e Beraldo vão solicitar a interdição da piscina onde Maria Eduarda foi encontrada. "Vamos pedir essa interdição da piscina porque o hotel faltou com a verdade". De acordo com Jeruza, o complexo hoteleiro teria dado uma nota oficial informando que o atendimento teria sido prestado após 25 segundos. "E é mentira. (Maria Eduarda) Foi atendida primeiro por um turista", relembrou.
Para comprovar este e outros apontamentos, a advogada atentou que existem várias testemunhas que presenciaram a fatalidade. "Serão chamadas (para prestar depoimento) quantas forem necessárias, se preciso até por (cartas) precatórias".
Os pais da criança e Jeruza retornaram ontem da Bahia. Já Beraldo permanecerá até amanhã no local. Ele e mais outros dois advogados querem acompanhar de perto as diligências que deverão ser feitas, além da entrega de requerimentos aos órgãos voltados à Segurança Pública daquele Estado.
Os advogados já disseram em entrevista anterior que pretendem entrar na Justiça contra o resort bahiano por danos morais. Uma indenização de R$ 5,8 milhões foi estipulada. O montante é mil vezes o pago pela família de Poá no pacote que compraram para descansar no resort baiano.
Fonte: Diário de Suzano ed.: 9262 - 24 de julho de 2012