Poá: Advogados vão pedir prorrogação do inquérito para ter acesso a imagens
Poá:
Os advogados dos pais da poaense Maria Eduarda Domingues, de 4 anos - que morreu afogada ao cair em uma piscina de adulto no Complexo Hoteleiro Costa do Sauípe, na cidade de Mata de São João (Bahia) no início do mês -, vão pedir à delegada responsável pelo caso, Diana Marize, a prorrogação do inquérito policial para que possam ter tempo de usar as imagens do resort no processo. A intenção é agrupar o maior número de provas que acusam o empreendimento de negligência.Segundo a advogada Jeruza Reis, ainda não se sabe quanto tempo levará para que a administração do resort disponibilize as imagens das câmeras de segurança. Foi requerida também a listagem de hóspedes do estabelecimento entre 10 e 14 horas do dia do afogamento, sob a pena de caracterizar crime de obstrução e/ou fraude processual.
Ainda ontem, toda a equipe de assistência levada à Bahia desembarcou na Capital. "Todas as medidas foram tomadas nesse tempo que ficamos lá (Mata de São João). Vamos ficar atentos agora para sermos atendidos em todas as solicitações", comenta Jeruza.
IMAGENS No depoimento prestado à polícia, a mãe da criança entregou um vídeo da filha momentos antes do acidente. Nas imagens, a Maria Eduarda aparece brincando na beira das piscinas infantil e de adulto, que, na opinião dela e de seus advogados, ficavam muito perto uma da outra. Ela contesta ainda o fato de não haver grades de proteção. Os funcionários e responsáveis pelo hotel ainda estão sendo ouvidos.
Segundo os pais, que falaram por cerca de três horas na ocasião, o hotel tem que responder criminalmente pela morte da criança. A polícia relatou que o principal argumento deles é o fato de não haver socorro adequado em casos de afogamento.
DANOS MORAIS Além da responsabilização criminal dos proprietários do resort, os advogados da família da vítima afirmaram que vão buscar reparação por danos morais.
O valor da ação é de R$ 5,8 milhões, o equivalente a mil vezes o preço pago pelo pacote de viagem.
RESPOSTA Por meio de sua assessoria de imprensa, o Sauípe Park reiterou em nota oficial as informações que prestou socorro, incluindo a informação de que a ação demorou 20 segundos. Enfatizou ainda que, em seus 12 anos de existência, essa foi a primeira morte registrada por afogamento em piscina do resort.
Fonte: Diário de Suzano ed.: 9263 - 25 de julho de 2012