Região perde 725 leitos de internação em 7 anos, aponta Ministério da Saúde

Região: 

As dez cidades da região perderam 725 leitos em sete anos. Em outubro de 2005, o Alto Tietê contava com 2.310 leitos de internação. Em junho deste ano, o número caiu para 1.585, o que representa uma queda de 31,38%. Os dados são do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) divulgado pelo Ministério da Saúde.
Mogi das Cruzes tem o maior número de leitos da região. Na cidade, a queda foi significativa. Em 2005 eram 1.133 e neste ano passou para 692. Uma diminuição de 38,92%.
As maiores quedas entre os municípios do Alto Tietê foram em Biritiba Mirim e Salesópolis. Em Biritiba apesar de, em 2005, o número ser pequeno (14 leitos), a cidade perdeu todos os leitos. Uma diminuição de 100%. Já em Salesópolis, a queda foi de 82,74%.
Mesmo com a crise da saúde em Suzano com o fechamento dos dois hospitais particulares - São Sebastião e Campos Salles -, a cidade não ficou em primeiro lugar na região na queda de leitos. Em 2005, o município contava com 330 leitos de internação. Neste ano, a quantidade caiu para 188. Ou seja, em sete anos a cidade perdeu 142 leitos.

AUMENTO Dados do ministério apontam que três cidades da região tiveram aumento do número de leitos: Arujá, Poá e Santa Isabel.
O maior aumento foi na cidade de Arujá. Em 2005, havia 47 leitos de internação e neste ano passou para 82. Um acréscimo de 74,47%. Em Poá, teve um aumento de três leitos e em Santa Isabel de quatro leitos de internação.

COMPARAÇÃO A situação das cidades da região é semelhante a de todo o País. Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que em sete anos quase 42 mil leitos foram desativados.
Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, grande parte dos problemas do Sistema Único de Saúde (SUS) passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma política eficaz de presença do Estado. “Os gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que ‘faltam médicos no País’”.
Para o Ministério da Saúde, a queda de leitos representa uma tendência mundial devido aos avanços em equipamentos e medicamentos que possibilitam o tratamento sem necessidade de internação do paciente. Mas apesar da nova tendência, o governo alega que tem investido na criação de novos leitos hospitalares.

Fonte: Diário de Suzano ed.: 9310 - 18 de setembro de 2012

Ferraz quer vacinar 5 mil garotas contra o HPV