Seu filho está exposto demais nas redes sociais?
Avaliar o que é ou não de interesse público ajuda a evitar riscos
Os filhos nascem e os pais logo começam a divulgar fotos nas redes sociais. O parto, a chegada em casa, o banho, a troca da fralda, a hora de mamar, uma nova pose com a mamãe, o colo do papai, o primeiro sorriso, a visita da vovó… E a criança pode acabar ficando superexposta na Internet. Mas como saber se você está ou não exagerando? “Esta avaliação é bastante difícil de ser feita, mas vale o exercício de se imaginar mostrando aquelas fotos para uma pessoa totalmente desconhecida. Se sentiria à vontade ou faria uma edição no conteúdo?”, questiona a consultora de imagem pessoal e corporativa Marcele Goes, da Estilo Sob Medida e membro da AICI (Associação Internacional de Consultoria de Imagem).
Mesmo antes da chegada dos filhos, há pessoas que já expõem bastante suas vidas, muitas vezes divulgando informações irrelevantes para os outros e para si mesmo, fazendo check-in em todos os lugares, inclusive em casa, e até mesmo discutindo e revelando problemas pessoais, que é a forma de exposição mais nociva. Depois da maternidade, a postura continua a mesma, e passa a incluir o filho. “Seria incoerente estar em uma rede social sem gostar de mostrar pelo menos um pouco de sua vida. Mas vale lembrar que o outro conhecerá de nós aquilo que divulgarmos. Por isso um filtro é bem-vindo. Compartilhar conteúdos interessantes e dividir momentos bons é positivo, mas é como nas relações presenciais, em que geralmente reservamos determinados assuntos para dividir com determinados amigos, não contamos tudo para todo mundo. Nas redes sociais deve-se compartilhar aquilo que qualquer um pode saber e que certamente não afetará em nada a imagem da pessoa”, afirma.
Quem pode ver suas fotos nas redes sociais?
No caso de mães, é preciso ter ainda mais cuidado ao optar por expor fotos da gravidez e do bebê. Segundo a especialista, não há problema desde que as fotos não exponham em demasia. E tudo depende também da lista de amigos que terá acesso. Ela acredita que vale a pena dedicar um tempo na classificação dos contatos e permitir que somente um determinado grupo visualize fotos mais íntimas. “É importante evitar fotos que exponham o bebê, como fotos dele ainda todo sujo, sendo trocado, etc. Deve-se sempre lembrar que as fotos ficam para sempre na linha do tempo e o bebê pode se sentir constrangido quando for mais velho e vir as fotos”, alerta.
Fotos roubadas na internet
Há, ainda, o risco de hackers utilizarem essas fotos para outros fins, o que pode acabar se transformando num problema muito sério. “As pessoas devem se preocupar com invasões e golpes digitais, mas não devem se esquecer também de ações presenciais. Algumas divulgam tantos detalhes de suas vidas pessoais que podem estimular pessoas de má índole a fazerem algo de ruim para elas ou seus familiares.
Sempre há riscos, qualquer um pode fazer o download de uma foto nas redes sociais, por isso o ideal é que as fotos pessoais não sejam comprometedoras e não tenham muita definição. Fotos em alta resolução e em diferentes situações (com diferentes expressões) possibilitam montagens e truques indevidos feitos por hackers”, diz.
Saia-justa na rede social
Um outro caso, mais comum e, talvez por isso, mais difícil de se resolver, acontece quando os próprios amigos, ainda que com ótimas intenções, começam a compartilhar suas fotos ou do seu filho sem pedir autorização e, assim, vão divulgando para mais e mais pessoas. A dica da consultora de imagem é mandar uma mensagem privada solicitando a remoção da foto ou pedindo que não faça a divulgação sem autorização. Ela explica que, legalmente falando, as pessoas não podem divulgar as fotos dos outros sem autorização. Se o amigo não atender ao pedido é possível denunciá-lo para o próprio administrador da rede social ou, por último, recorrer a um advogado. “É uma opção desagradável, mas dependendo do caso pode ser a única solução”, orienta.
por Mariana Bueno - Fonte: Itodas - 28/06/2013
Quem pode ver suas fotos nas redes sociais?
No caso de mães, é preciso ter ainda mais cuidado ao optar por expor fotos da gravidez e do bebê. Segundo a especialista, não há problema desde que as fotos não exponham em demasia. E tudo depende também da lista de amigos que terá acesso. Ela acredita que vale a pena dedicar um tempo na classificação dos contatos e permitir que somente um determinado grupo visualize fotos mais íntimas. “É importante evitar fotos que exponham o bebê, como fotos dele ainda todo sujo, sendo trocado, etc. Deve-se sempre lembrar que as fotos ficam para sempre na linha do tempo e o bebê pode se sentir constrangido quando for mais velho e vir as fotos”, alerta.
Fotos roubadas na internet
Há, ainda, o risco de hackers utilizarem essas fotos para outros fins, o que pode acabar se transformando num problema muito sério. “As pessoas devem se preocupar com invasões e golpes digitais, mas não devem se esquecer também de ações presenciais. Algumas divulgam tantos detalhes de suas vidas pessoais que podem estimular pessoas de má índole a fazerem algo de ruim para elas ou seus familiares.
Sempre há riscos, qualquer um pode fazer o download de uma foto nas redes sociais, por isso o ideal é que as fotos pessoais não sejam comprometedoras e não tenham muita definição. Fotos em alta resolução e em diferentes situações (com diferentes expressões) possibilitam montagens e truques indevidos feitos por hackers”, diz.
Saia-justa na rede social
Um outro caso, mais comum e, talvez por isso, mais difícil de se resolver, acontece quando os próprios amigos, ainda que com ótimas intenções, começam a compartilhar suas fotos ou do seu filho sem pedir autorização e, assim, vão divulgando para mais e mais pessoas. A dica da consultora de imagem é mandar uma mensagem privada solicitando a remoção da foto ou pedindo que não faça a divulgação sem autorização. Ela explica que, legalmente falando, as pessoas não podem divulgar as fotos dos outros sem autorização. Se o amigo não atender ao pedido é possível denunciá-lo para o próprio administrador da rede social ou, por último, recorrer a um advogado. “É uma opção desagradável, mas dependendo do caso pode ser a única solução”, orienta.