Funcionário cortou energia da Linha 3 em dia da pane do metrô de SP
Funcionário cortou energia da Linha 3 em dia da pane do metrô
Dos 3 botões de emergência acionados, dois foram pelas equipes e um, por passageiro; governo suspeita de sabotagem![]() |
Foto: Alex Silva/Estadão |
Uma falha nas portas de um dos trens causou a paralisação e fechou dez das 18 estações do ramal por cinco horas. Por causa do calor e da superlotação, usuários esperaram mais de 20 minutos para seguir viagem e acionaram os botões de emergência para abertura de portas, em sete composições diferentes. Muitas pessoas caminharam sobre os trilhos, agravando a situação, e estações foram depredadas pelos mais exaltados. O governo paulista apontou a ação de 'vândalos' e investiga se o caos foi uma ação premeditada por grupos que queriam parar a rede.
Um dia depois, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) falou sobre a possibilidade de sabotagem. A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira, 14, que investiga seis suspeitos de vandalismo.
A ata de uma reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Linha 3, ocorrida na terça-feira, revela que dois botões do Sistema de Prevenção de Acidentes em Plataformas (SPAP) foram apertados por funcionários. O primeiro, contudo, foi acionado por um passageiro na Estação Marechal Deodoro. O segundo e o terceiro foram apertados pelas equipes do Anhangabaú e da Sé, respectivamente.
Um segurança, em relato para a Cipa, declarou: "Ficava o sentimento de que a energia podia ser reestabelecida sem qualquer aviso. Por isso acionamos novamente o dispositivo de emergência, para garantir nossa segurança na via."
Em nota, o Metrô informou que a ata da Cipa "não equivale a um relatório conclusivo sobre a ocorrência" e que se trata da coleta de relatos que, em parte, "conflitam com as informações" do Centro de Controle Operacional.
Fernandes, questionado sobre a facilidade de se encontrar os botões, afirmou, na quarta-feira, que "não é pelo fato de ser difícil ou fácil que qualquer safado pode fazer o que quer".
Emergência. Na mesma reunião da Cipa, funcionários disseram que o treinamento de reconhecimento de saída de emergência nos túneis deixou de ser praticado. Um deles afirmou que não tinha nem lanterna para entrar nos locais. Também por meio de nota, o Metrô afirmou que nenhum treinamento foi interrompido.
Fonte: Estadão - 15/02/2014