SP: metroviários farão greve dia 5 de junho
Metroviários decretam greve para o dia 5 de junho
Decisão foi tomada em assembleia na noite desta terça; funcionários não aceitaram proposta de reajuste do Metrô
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Foto: Estadão |
Sem conseguir chegar a um acordo, os funcionários do Metrô de São Paulo decidiram em assembleia na noite desta terça-feira, 27, entrar em greve a partir do dia 5 de junho. A decisão foi tomada na sede do Sindicato dos Metroviários, no Tatuapé, zona leste da capital.
Nesta segunda, em audiência, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia orientado o Metrô a conceder um reajuste salarial de 9,5% aos funcionários.
Na tarde desta terça, o Metrô propôs um aumento de 7,8%, maior do que os 5,2% oferecidos inicialmente, mas menor que a sugestão do TRT. Os funcionários, que pedem 35,47%, recusaram a proposta.
O presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, havia afirmado na segunda que, diferentemente de anos anteriores, a categoria não aceitaria propostas de reajuste salarial inferior a dois dígitos.
Uma nova audiência está marcada para o dia 4 de junho no TRT, onde haverá outra tentativa de acordo. Os metroviários, porém, disseram que a greve está marcada.
Os metroviários estavam, desde o dia 20 de maio, em estado de greve. Após cinco reuniões de negociação, as partes não chegaram a um acordo e a definição ficou para ontem.
A última greve da categoria em São Paulo aconteceu em maio de 2012, quando houve reajuste de 6,17% para encerrar a paralisação.
Influência. A greve dos motoristas e cobradores de ônibus na semana passada influenciou os funcionários do Metrô, segundo o presidente do sindicato. A mobilização dos rodoviários aconteceu mesmo após ser concedido um reajuste salarial à categoria de 10%, quase o dobro do que foi ofertado pelo Metrô a seus empregados.
A proximidade com a Copa também seria outra motivação e poderia exercer pressão para resolução rápida do impasse por parte do Metrô.
Atos. Há algumas semanas, os metroviários estão usando, em algumas estações da cidade, coletes da campanha pelo aumento de salário.
Os funcionários também estão boicotando a Operação Plataforma, que envolve agentes da estação e visa a organizar o embarque e o desembarque, o Embarque Melhor, que restringe o embarque em estações movimentadas, e o Embarque Preferencial em todas as estações, no horário de pico.
Fonte: Estadão - 27/05/2014