Prefeitura de Arujá apura crime ambiental no Vertentes

 Prefeitura de Arujá apura crime ambiental no Vertentes

 Prefeitura de Arujá apura crime ambiental no Vertentes
Divulgação
Com a ajuda de denúncias feitas por moradores, a Prefeitura de Arujá está apurando crimes ambientais cometidos no bairro Vertentes. A prática se dá pelo descarte de efluente industrial em bocas de lobo situadas no quilômetro 35 da Rodovia Mogi-Dutra (SP-88), o que tem provocado a morte de peixes e a possível contaminação de córrego e lagos da região.

O trabalho de apuração começou a partir de relatos de moradores sobre cheiro forte e peixes mortos no córrego local. A primeira vistoria ocorreu em 21 de setembro, quando a mortandade dos animais foi constatada. Sem que fosse possível identificar a origem, a fiscalização seguiu trabalhando a fim de encontrar indícios que apontassem os responsáveis pela atividade ilegal.

Em 24 de setembro, a equipe da administração municipal visualizou o caminhão de uma empresa de São Paulo descartando produto químico na região. Apesar de o motorista partir com o veículo antes de ser abordado, a ação foi fotografada.

Além da Prefeitura, a Polícia Civil investiga a situação. Isso porque na semana passada, durante vistoria, o motorista de um caminhão foi levado à delegacia ao ser flagrado no momento em que supostamente se preparava para lançar resíduos no local. A ação foi contida por um grupo de agentes das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Obras e da Polícia Militar. Para disfarçá-la, o condutor montou um cenário de troca de pneus, com um deles sobre a boca de lobo, que ficou na direção do compartimento instalado no caminhão para a retirada do material transportado. O veículo foi apreendido e o resíduo que ele transportava submetido à análise para comparação com as amostras de água coletadas do córrego onde houve a morte de peixes.

O laudo com o resultado das avaliações deve sair nas próximas semanas. Aos fiscais da Prefeitura, o motorista chegou a dizer que o material transportado seria água de reuso. A informação foi desmentida quando o veículo, que não tem autorização para transportar produto químico, passou por inspeção.
“Contamos com o apoio importante da Polícia. O delegado Wagner Souza percebeu a gravidade dos fatos e determinou a apreensão do caminhão. Esse apoio mútuo é fundamental para resolvermos a situação”, explica o secretário de Obras de Arujá, Juvenal Fernando Penteado.

A empresa paulistana, por lançamento de efluente industrial, e o proprietário do caminhão apreendido, por transporte irregular de produto químico, estão sendo autuados pela Prefeitura de Arujá.

Medidas

Além de emitir multas aos responsáveis e cobrar as reparações necessárias tanto no tocante à contaminação da água quanto de um possível dano ao lençol freático, a Secretaria de Meio Ambiente de Arujá solicitou que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), administrador da Rodovia Mogi-Dutra, estude a viabilidade de implantar barreiras ou outras medidas que dificultem o estacionamento de caminhões no local.

Denúncia

Com duas situações flagradas em uma semana, a Secretaria de Meio Ambiente suspeita que empresas possam utilizar frequentemente as bocas de lobo locais para despejar materiais químicos. Por isso, reitera a importância de moradores, motoristas e pedestres denunciarem qualquer ação suspeita. “Nós conseguimos flagrar o motorista que teve o caminhão apreendido a partir da suspeita sobre outro veículo que estava estacionado na entrada da cidade. Isso mostra como as pessoas podem nos ajudar a evitar danos graves ao meio ambiente”, afirma o secretário de Meio Ambiente, José Abilio de Gouveia Teixeira.

As denúncias podem ser feitas à Secretaria de Meio Ambiente, por meio do telefone 4653 1845, à Polícia Militar Ambiental pelo 4798 2737, ou no 190.

Fonte: Prefeitura de Arujá - 02/1/2014

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